O benefício é a quantidade de mosto que cada viticultor pode destinar à produção de vinho do Porto e é uma importante fonte de receita dos produtores do Douro.
A Associação de Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro) considerou esta sexta-feira que fica “claramente aquém” o quantitativo de 102.000 pipas para produção de vinho do Porto nesta vindima, que inclui uma reserva qualitativa de 10.000 pipas.
A Região Demarcada do Douro vai transformar um total de 102.000 pipas (550 litros cada) de mosto em vinho do Porto nesta vindima, uma diminuição de 6.000 pipas face a 2019 e que reflete as quebras de vendas ocorridas no mercado nacional e internacional devido à pandemia de Covid-19.
O valor foi fixado quinta-feira pelo conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP), que destinou 92.000 pipas de mosto para beneficiar no âmbito da programação normal de vindima e 10.000 pipas para a reserva qualitativa, ou seja, vinho que vai ficar armazenado, bloqueado durante os primeiros três anos, e será depois introduzido no mercado, de forma faseada, ao longo dos próximos 10 anos.
O acordo negociado em Lisboa com a ministra da Agricultura antes da reunião do interprofissional permitiu desbloquear cinco milhões para financiar a reserva qualitativa de 10.000 pipas o que permitiu alcançar as 102.000 pipas finais de benefício em 2020.