A Primavera muito quente e com precipitação superior ao normal em Março e Abril ampliou de forma acentuada o habitual pico de produção das pastagens, com um aumento de biomassa muito significativo e disponibilidades forrageiras que permitiram o pastoreio pleno dos efectivos pecuários explorados em regime extensivo.
Segundo o Boletim Mensal da Agricultura e Pescas – Junho de 2020, do Instituto Nacional de Estatística (INE), existiram também condições favoráveis para a obtenção de alimentos conservados (forragens e silagens), sendo que ao longo de Maio já decorreram cortes e secagens para a obtenção de fenos um pouco por todo o País, com produtividades superiores às alcançadas na campanha anterior.
Maio extremamente quente e seco
O mês de Maio caracterizou-se, em termos meteorológicos, como extremamente quente e seco. De facto, maio de 2020 foi o mais quente (a par com o de 2011) desde 1931, com um desvio da temperatura média face à normal (1971-2000) de +3,3 ºC, acrescentam os técnicos do INE.
Na segunda quinzena, e por todo o território continental, registou-se uma das mais extensas ondas de calor observadas em Maio, tendo início nos dias 16/17 e durado, em algumas estações, até ao final do mês (inclusivamente prolongando-se pelos primeiros dias de Junho no interior Norte).
Quanto à precipitação, o valor médio, 51,2 mm, correspondeu a 72% da normal (1971-2000). De destacar as condições de instabilidade atmosférica verificadas entre os dias 9 e 16 e, principalmente, entre 26 e 31, que originaram a ocorrência de aguaceiros localmente fortes, por vezes de granizo, e acompanhados de trovoada.
Agricultura e Mar Actual