Clã já foi condenado pelo Tribunal de Bragança a mais de oito anos de prisão, mas sucessivos recursos impedem cumprimento das penas. Processo está parado há quase um ano.
Uma vítima de tráfico de seres humanos espera há mais de uma década que a família que a explorou seja punida. O clã familiar, que recrutou dezenas de pessoas fragilizadas para as escravizar, já foi condenado a penas de prisão, mas sucessivos recursos têm impedido que seja encarcerado. E há quase um ano que o processo está parado, devido a doença do juiz do Tribunal de Bragança, que tem de refazer o acórdão.
Na quinta-feira, no Seminário “Tráfico de seres humanos: o tempo da justiça e o tempo da vítima”, organizado pela Polícia Judiciária (PJ) e pela Câmara do Porto, o procurador Miguel Ângelo Carmo defendeu que casos como este provam que a vítima de crimes ainda é olhada de forma “tímida” pelos magistrados. “A relevância da vítima tem de subir no processo penal”, afirmou. […]