Portugal, com uma produção no continente de mais de 350 mil toneladas em 2020, concentra os pontos laranjas no Sul do mapa. No seio da UE, estamos entre os principais produtores — mas longe dos espanhóis, que são muito maiores
Cravar os dentes num gomo de laranja rasga um sorriso desenhado de cor e fruta. Tem um encaixe quase perfeito. Quase — porque não deixa de besuntar a trinca até ao nariz e, com algum desastre, cotovelo fora. Mas haverá formas melhores de descascar aquela fruta redonda, com tamanho de um aconchegado abraço de mão, e que por baixo da casca tem pele? Sem desprezo aos limões — apenas à sua acidez — mas se a vida as der, que se façam laranjadas. Quando espremida, num exercício de bíceps, pingam mais ou menos 5 colheres. Referência em copos, talvez chegue a 1/3 de sumo. Para não o deixar meio cheio — ou meio vazio, depende de quem perspetiva — são, por isso, necessárias aproximadamente três laranjas.
O seu tempo é todo o ano — o mesmo não se pode dizer de outras frutas — e Portugal com uma produção no continente, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), de mais de 350 mil toneladas em 2020, concentra os pontos laranjas no Sul do mapa: o Algarve detém quase 90% da produção nacional continental. E, nas palavras de José Oliveira, presidente da Associação de Operadores de Citrinos do Algarve (AlgarOrange), apesar das adversidades climáticas, esta é uma produção que “tem vindo sempre a aumentar”. Mas, ainda na sua experiência, quando no contexto mundial “é muito pequena”. […]