A Associação das Empresas de Vinho do Porto (AEPV) promove, a 30 de setembro, o Port Wine Fest em São Francisco, com o objetivo de “juntar o vinho como embaixador da cultura portuguesa”, disse à Lusa a diretora executiva Isabel Marrana.
Com a ambição de levar entre 1.000 e 1.500 pessoas ao The Cube, um edifício histórico da cidade californiana, o festival vai ter vinhos de 44 produtores portugueses, ofertas gastronómicas elaboradas pelo ‘chef’ luso-americano Telmo Faria e a atuação do fadista Helder Carvalheira, ambos radicados em São Francisco.
“Elegemos os Estados Unidos como um mercado potencial, já com uma notoriedade muito interessante dos vinhos portugueses e com potencial de crescimento internacional muito significativo”, explicou Isabel Marrana.
“Estamos aqui a juntar muita gente, muitos sabores, muitas variedades de vinhos, muitas castas”, descreveu. “Temos muito para oferecer ao ‘trade’ e aos consumidores americanos”.
O propósito do Port Wine Fest é, sobretudo, aumentar as vendas de vinhos no mercado norte-americano e promover Portugal como destino turístico, com destaque para o enoturismo.
A diretora executiva salientou que haverá horas e provas específicas para consumidores e para os responsáveis de compras no festival. “O que nós queremos é que os restaurantes tenham na sua carta vinhos portugueses, que as garrafeiras americanas e de São Francisco tenham vinhos portugueses e que os consumidores queiram consumi-los, saibam o que estão a pedir, identifiquem a experiência de que vieram a Portugal”.
O Port Wine Fest acontece numa altura em que a imposição de tarifas às importações pela atual administração de Donald Trump tem afetado o comércio internacional. No entanto, Isabel Marrana disse que a AEVP continua firme na convicção de que este é um mercado de aposta a longo prazo.
“A incerteza das tarifas só cria maior desafio e não diminuiu a oportunidade”, frisou a responsável. “Os Estados Unidos continuam a ser um mercado de enorme relevo para os vinhos portugueses, nomeadamente para os vinhos do Douro e do Porto”, salientou.
A recetividade tem aumentado à medida que Portugal se torna mais visível. “Há aqui alguns anos nós tínhamos ainda que usar mapas para explicar onde era Portugal, e hoje não”, referiu Isabel Marrana. “Temos uma adesão quer do ‘trade’, quer sobretudo do consumidor, que é claramente apelativa para que façamos este esforço de energia, de investimento, de paixão, que é levar os vinhos portugueses aos três cantos do mundo”.
A incursão em São Francisco é a primeira de três nesta missão, seguindo-se Chicago a 02 de outubro e Nova Iorque a 06 de outubro. Este conjunto de iniciativas tem financiamento do PRR – Plano de Recuperação e Resiliência, com verbas alocadas até junho de 2026.
“Ao juntar a gastronomia aos vinhos e a música tradicional portuguesa e o turismo, temos de facto uma oferta que é enorme, sobretudo em preço/qualidade. É absolutamente imbatível”.