Os agricultores estão cada vez mais preocupados e queixam-se dos prejuízos. Um estudo da Universidade de Aveiro diz que a situação é mais grave, sobretudo em três regiões.
O número de javalis em Portugal está a aumentar, com maior incidência nas zonas de Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo, segundo um estudo promovido pelo ICNF e elaborado pela Universidade de Aveiro.
Em Évora, os agricultores queixam-se de prejuízos cada vez maiores devido aos ataques às plantações e aos rebanhos.
Josué Freixa, por exemplo, perdeu só no último ano entre 15 a 20 ovelhas. O agricultor diz que “é fácil de identificar” que se tratam de ataques de javalis, mas a situação é difícil de travar.
Os campos de milho são diariamente atacados, na zona de Évora. O prejuízo ronda os 30 mil euros por ano em várias explorações da Fundação Eugénio de Almeida.
“Uma série de medidas” para travar ameaça
O aumento do número de javalis no país foi o mote para o estudo promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, elaborado pela Universidade de Aveiro. Foram colocadas câmaras em 16 áreas piloto, num total de 21 zonas de caça.
“Estamos perante uma sobrepopulação de javalis, está acima dos números que seriam desejáveis. Vamos ter de tomar uma série de medidas extras para reduzir este número, perante as ameaças que esta espécie provoca a vários setores da sociedade”, afirma Carlos Fonseca, da Forestwise e da Universidade de Aveiro.
Trás-os-Montes, Beira Interior e Alentejo são as zonas com maior número de javalis. As conclusões deste Plano Estratégico e de Ação do Javali em Portugal vão ajudar na decisão de medidas que poderão ajudar a diminuir o problema.
Uma estratégia começou esta terça-feira a ser discutida entre várias entidades, na cidade de Évora.