No âmbito do “Programa Nacional de Prospecção de Xylella fastidiosa”, foram identificadas pela Direcção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) plantas portadoras desta bactéria em Vila Nova de Gaia, Portugal, sendo que «as autoridades nacionais desencadearam já todas as acções recomendadas, tendo em vista a identificação e contenção da situação», indica a DGAV num comunicado de 8 de Janeiro. A amostra tinha sido recolhida pelos serviços da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (Drapn), «em plantas do género Lavandula, uma planta ornamental vulgarmente conhecida como lavanda, sem sintomatologia da doença».
Segundo a DGAV, «o local de colheita da amostra já foi devidamente inspecionado por uma brigada mista de técnicos da Drapn e da DGAV». No local, os técnicos «procederam ao levantamento da situação e à colheita de amostras, tendo sido determinada a destruição das plantas».
A DGAV informa que vão prosseguir, «ao longo dos próximos dias, os trabalhos de levantamento de plantas sensíveis num raio de 100 metros (denominada zona infectada) e a respectiva colheita de amostras», sendo que também «terá início o processo de identificação da flora sensível ao agente bacteriano num raio de 5 km (considerada a zona tampão), que será levado a cabo em colaboração com o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e com as Câmaras Municipais de Vila Nova de Gaia e de Gondomar». Vai ainda ser divulgado «um Edital referente à Zona Demarcada, constituída pela zona infetada e pela zona tampão, identificando a área em causa».
O comunicado acrescenta que «a análise positiva foi obtida pelo Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (Iniav) e confirmada pelo Laboratório Europeu de Referência (Anses), aguardando-se informação relativamente à estirpe da bactéria». Também se refere que já foi informada da situação a Direcção Geral da Saúde e Segurança Alimentar da Comissão Europeia (DG Sante) e «a DGAV está a preparar a respectiva notificação Europhyt».