Presidente do BCSD Portugal diz que sustentabilidade tem de ser uma “constante” apesar das crises dos últimos dois anos e apela à “ação”, mas também denota sinais positivos de mudança como o crescimento da relevância das finanças verdes.
Apesar dos tempos que grassam, marcados por crises sucessivas, que vão da pandemia ao regresso da inflação até à guerra na Ucrânia, António Pires de Lima, recém-eleito presidente da direção do BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, defende que o desafio de construir um mundo mais sustentável não pode ser deixado para trás e que só a “ação” faz a diferença.
“A sustentabilidade tem de ser uma constante apesar das emergências que nos surgiram nos últimos dois anos”, afirmou, lembrando que, ao longo de todo este período, verificou-se uma “grande disrupção nas cadeias de abastecimento” que levou à “procura de alternativas ao modelo económico em que assentamos o nosso desenvolvimento ou pelo menso a parte dele”.
Na perspetiva do economista, que discursava no encerramento do primeiro de dois dias da Grande Conferência Negócios 20|30 e Cerimónia de Entrega do Prémio Nacional de Sustentabilidade, lançada pelo Jornal de Negócios, o “desafio” é conseguir um equilíbrio entre os diversos desafios.
“Perante o dilacerante mundo que estamos a viver e que nos confronta com uma série de escolhas urgentes, nomeadamente do ponto de vista da defesa e energia, o desafio é o de combinar e equilibrar o exercício destes desafios com a constância no nosso trabalho para um mundo mais sustentável”, realçou.
Embora ressalvando que não se pode falar propriamente em “oportunidades” em face do “mundo terrível que nos entra pela casa adentro todos os dias”, Pires de Lima sinalizou que, “da mesma forma que procuramos aprender […]