As quatro confederações com assento em concertação social e a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) uniram-se e criaram um Conselho Nacional para tomar posições públicas, numa conferência de imprensa onde reclamaram essencialmente mais verbas do PRR, mas onde também se admitiu a intenção de tomar posição sobre política salarial, fiscal e laboral.
O novo Conselho Nacional das Confederações Patronais (CNCP) foi apresentado esta terça-feira em Lisboa, na Culturgest, pelos cinco presidentes das maiores confederações patronais, numa conferência de imprensa onde houve o cuidado de repartir as intervenções entre todos e onde se defendeu essencialmente a afetação de mais verbas do Plano de Recuperação de Resiliência (PRR) às empresas.
“Os fundos europeus no quadro de um programa de recuperação centrado na resiliência, transição verde e digital deverão ser prioritariamente alocados ao apoio às estratégias empresariais com estes objetivos. Uma melhor incidência na repartição de verbas no âmbito do PRR será um motor deste desígnio” disse Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), que é o primeiro porta-voz.
A ideia é que o porta-voz seja rotativo, mude trimestralmente, e por ordem alfabética. Do Conselho também fazem parte a Confederação do Comércio e Serviços (CCP), a Confederação Empresarial (CIP), a Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI) e a Confederação do Turismo de Portugal (CTP).
“As confederações têm autonomia própria mas problemas que são transversais, que são comuns. Naturalmente que com uma voz só temos outro poder e outra força”, disse Reis Campos, presidente da única confederação que não tem assento no conselho permanente de concertação social, que reúne frequentemente com o Governo, embora intervenha no Conselho Económico e Social (CES), uma outra estrutura com dezenas de entidades.