O número de explorações pecuárias de suínos no Alentejo caiu para metade em uma década, mas no primeiro trimestre deste ano as exportações aumentaram 9,1 por cento. Por outro lado, com a pandemia, a produção de porco alentejano de montanheira reduziu cerca de 35 por cento e o preço resvalou 40 por cento.
Texto Aníbal Fernandes
O número de explorações pecuárias com suínos caiu para metade no Alentejo. Eram 2590 explorações em 2009. São agora 1263, de acordo com o último Recenseamento Agrícola. Em 1999 eram 7395. Há cerca de duas décadas, eram 1051 as explorações com suínos em Odemira, 321 em Ourique e 275 em Serpa. Hoje são 203 em Odemira, 104 em Ourique e 98 em Serpa.
No setor específico do porco alentejano de montanheira, ao contrário do porco branco, a pandemia fez-se notar. Assistiu-se a uma quebra de 35 por cento na procura e de 40 por cento no preço.
A Associação de Criadores de Porco Alentejano (ACPA) venderia 20 mil porcos por cerca de 10 milhões de euros, porém, até ao momento, apenas conseguiram vender 65 por cento da produção, mas a um preço mais baixo.
No entanto, Nuno Faustino, presidente da Associação de Produtores de Porco Alentejano, diz haver sinais de uma ligeira recuperação dos preços já visível na bolsa espanhola. “É importante que isso aconteça, se não temo que o abandono da atividade seja grande”. Segundo este dirigente associativo, o Governo lançou uma linha de apoio de, no máximo, sete mil euros por exploração, o que “para os grandes produtores foi quase nada, mas para os pequenos foi importante”.
Quanto ao porco branco,
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