O BPI arrancou na Ovibeja com a segunda etapa da iniciativa “Encontros BPI com Empresas”. Mais de 130 gestores e empresários participaram no seminário onde foi debatido o tema da racionalização da água na agricultura e o impacto de Alqueva para o desenvolvimento da região do Baixo Alentejo. Nos próximos dois anos, o BPI vai percorrer todas as capitais de distrito para reforçar a proximidade às empresas e instituições de cada região.
“Decidimos começar este ciclo de encontros pelo interior do país porque tem demonstrado um grande dinamismo nos últimos anos”, assinalou Pedro Barreto no início da sua intervenção. O Administrador do BPI responsável pela Banca de Empresas e Institucionais fez uma apresentação do Grupo CaixaBank, salientando que “a entrada do BPI no Grupo CaixaBank teve um impacto muito positivo porque permitiu que o Banco passasse a ser ainda mais eficiente e cada vez mais bem posicionado para melhor servir os nossos Clientes.”
“O BPI nasceu para servir as empresas”, recordou ainda Pedro Barreto, sublinhando que a aposta forte há uma década na agricultura revelou-se acertada e é “motivo de orgulho a parceria com um setor estratégico, tanto ao nível macroeconómico, como pelo dinamismo que tem demonstrado no que diz respeito à modernização, inovação, introdução de novas tecnologias, e empreendedorismo – com a criação de novos negócios sustentáveis”, rematou o Administrador do BPI.
“Não tínhamos noção do impacto que iria resultar da construção de Alqueva na transformação do Baixo Alentejo e do concelho de Beja, de uma forma particular”, assinalou Paulo Arsénio no início da sua intervenção, “com o volume exportador a crescer de forma substancial nos últimos anos, muito por via do regadio”. “Conseguir que o que aqui produzimos seja aqui transformado é agora o grande desafio para fixar as populações”, continuou o Presidente da Câmara Municipal de Beja, “e acredito que estão reunidas as condições para que tal aconteça a curto ou médio prazo: temos um território fantástico, temos água, temos empresários com vontade de ampliarem os seus negócios e temos instituições como o BPI que olha para as oportunidades que o interior do país oferece.”
“O volume de água que Alqueva tem capacidade para armazenar é semelhante ao do consumo total de Portugal – da população, da agricultura e da indústria – durante um ano”, salienta José Pedro Salema. A disponibilidade dos recursos hídricos da barragem confere-lhe uma autonomia para quatro anos sem pluviosidade, fator que o diferencia de outros regadios, quer em Portugal, quer na Europa. A propósito da expansão, o Presidente da EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva assegura que “a dotação de rega usada por hectare tem-se mantido relativamente constante, pelo que a quantidade de água concessionada – que é limitada – chega perfeitamente para garantir o regadio de 170 mil hectares e garantir o abastecimento aos perímetros confinados” Alqueva será alvo de investimentos significativos para alargar a área servida em cerca de 50 mil hectares até 2020-21, “o que permitirá ter mais população, mais culturas e mais riqueza na região”.
O próximo “Encontro BPI com Empresas” vai realizar-se em Santarém, na Feira Nacional de Agricultura, a 7 de Junho.