A Guarda Nacional Republicana (GNR) tem em marcha, em todo o território nacional, a “Operação Floresta Segura”, reforçando as ações de patrulhamento, vigilância e fiscalização das zonas florestais no âmbito da prevenção e detecção de incêndios.
Estas ações de sensibilização visam alertar para a importância dos procedimentos preventivos a adoptar nesta altura do ano, nomeadamente sobre o uso do fogo, a limpeza e remoção de matos e a manutenção das faixas de gestão de combustível, tendo em vista a redução do número de ocorrências e a minimização dos riscos de incêndio florestal.
A Renascença acompanhou, em Chaves, a apresentação da operação que juntou militares, bombeiros, sapadores florestais e autarcas.
Após a apresentação formal, as equipas seguem para o terreno e, na freguesia de Sanjurge, identificaram uma situação de falta de limpeza em torno do edificado, uma casa de turismo de habitação, onde se encontra um depósito de gás, um problema que já se arrasta desde o ano passado.
“Bom dia. Cabo António Seixas”. Feitas as apresentações, o cabo da GNR inteira-se sobre a identidade do proprietário do terreno. “O senhor é o proprietário do terreno? Tem aqui um depósito de gás… Esta é uma freguesia prioritária. Há aqui mato muito próximo. Conhece o proprietário do terreno?”, pergunta o cabo Seixas.
Jorge Teixeira informa que o terreno contíguo ao depósito de gás é de um emigrante nos Estados Unidos da América. “Esteve aqui no verão passado e, apesar de o ter alertado para a situação de gravidade da situação, até hoje não procedeu à limpeza”, relata Jorge Teixeira, expressando “grande preocupação até porque a empresa que nos fornece o gás já nos informou que só procede ao reabastecimento, se o mato for limpo”.
Aurora Teixeira, a esposa, queixa-se dos “transtornos provocados por esta situação”, acrescentado que já teve que “pagar pela limpeza de um terreno” que não é seu.
Este ano, às equipas da GNR, compostas por militares do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) e Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), foi entregue um ‘tablet’, através do qual é feita a georreferenciação digital dos terrenos sinalizados.
O capitão Gomes Pereira, do GIPS, realça a importância da nova ferramenta, na medida em que “permite ter uma visão abrangente daquilo que são os terrenos a nível nacional que carecem de uma gestão de combustível”.
“Através desta nova ferramenta o trabalho fica simplificado, já não há necessidade de recorrer aos ortofotomapas em papel, a organização também é melhorada e a informação pode ser mais facilmente partilhada com as outras entidades”, acrescenta o capitão do GIPS.
E em Sanjurge, a GNR verificou e registou que “não está respeitada a faixa dos 50 metros em que tem de ser feita a gestão do combustível”, afirma o capitão Bruno Antunes, comandante do destacamento territorial de Chaves.