O Ministério da Agricultura de França reviu em baixa a previsão para a produção de vinho em 2025, apontando agora para 36 milhões de hectolitros, menos do que os 37,4 milhões previstos no mês anterior e 1% abaixo da colheita de 2024.
De acordo com o governo francês, a revisão reflete o impacto da onda de calor de agosto, que afetou grande parte das regiões vitivinícolas do país.
Segundo o ministério, a nova estimativa — baseada nos resultados mais recentes das vindimas — situa-se 16% abaixo da média dos últimos cinco anos.
As temperaturas elevadas e a falta de chuva aceleraram o amadurecimento das uvas e limitaram o seu crescimento, um efeito que as chuvas tardias de setembro não conseguiram compensar.
França mantém-se como segundo maior produtor mundial de vinho, atrás de Itália, e líder em exportações em valor. No entanto, o setor enfrenta dois anos consecutivos de condições meteorológicas desfavoráveis, agravadas por políticas de gestão de excedentes que levaram ao arranque de algumas vinhas.
Entre as principais regiões, a produção de Champagne deverá aumentar 14% face a 2024, atingindo 2,1 milhões de hectolitros, embora ainda 10% abaixo da média de cinco anos, com os produtores a destacarem a boa qualidade das uvas.
Pelo contrário, a região de Charentes, produtora de Cognac, deverá registar uma quebra de 2% face ao ano anterior, ficando 23% abaixo da média. Já Bordéus e Languedoc-Roussillon enfrentarão descidas de 2% e 9%, respetivamente, continuando muito abaixo dos níveis habituais.
Na Borgonha, as condições foram mais favoráveis, mas o vizinho Beaujolais registou as menores colheitas em 35 anos, devido ao mau tempo e a doenças fúngicas.
Em sentido contrário, o Vale do Loire deverá aumentar a produção em 15%, para 2,4 milhões de hectolitros, aproximando-se da média histórica. Já na Alsácia, prevê-se uma quebra de 9%, situando-se 17% abaixo do valor médio.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.
 
			


















 
		    
 
								



























 
	 
	 
	 
	