Numa leitura rápida, confira através de mapas e gráficos os extremos de um Abril invulgarmente quente e seco. Assinala-se ainda que foi o terceiro Abril mais seco e o quarto mais quente desde 1931.
Sim, é verdade que o mês de Maio já vai quase a meio, mas os meteorologistas precisam de tempo para interpretar o clima. Só esta seman,a o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) divulgou o boletim mensal do mês de Abril. Antes da divulgação do relatório detalhado, já tínhamos algumas pistas. Mas as previsões e suspeitas não chegam. Era preciso chegar até ao fim do mês de Abril e fazer bem as contas para vermos quando, onde e como passámos dos limites neste Verão fora do tempo.
O boletim do IPMA sobre Abril tem 21 páginas, mas é possível poupar algum tempo na leitura dos dados do clima. Uma das formas de o fazer é olhar para uma imagem e socorrermo-nos das legendas, ou seguirmos o instinto de associar (como numa torneira) o vermelho a uma temperatura quente e o azul ao frio. Outra dica para a leitura cromática é procurarmos o amarelo para ligar à terra seca. Entre os vários gráficos, tabelas e mapas partilhados pelo IPMA, destacamos aqui alguns dos mais importantes indicadores do retrato do mês de Abril.
Começamos pela análise da temperatura máxima ao longo de Abril. O IPMA lembra que foram ultrapassados os anteriores maiores valores da temperatura máxima e mínima do ar em várias estações meteorológicas da rede IPMA do continente, algumas séries com mais de 60 anos: 60% das estações meteorológicas ultrapassaram os anteriores valores extremos de temperatura máxima do ar; 45% das estações registaram novos extremos de temperatura máxima do ar, no dia 27; em 11 […]