Mais do que um símbolo açoriano, o Queijo de São Jorge é um produto de relevo no panorama gastronómico nacional. O tempo de cura determina a sua intensidade e o saber-fazer, passado de geração em geração, faz dele um emblema. “Da Terra à Mesa” é um projeto Boa Cama Boa Mesa que dá a conhecer os produtos portugueses a partir de histórias inspiradoras e de sucesso, desde a produção até ao consumidor, em casa ou no restaurante
Obtido através de leite cru de vaca, o Queijo São Jorge DOP, com certificação desde 1986, é um “queijo curado, de pasta dura ou semi-dura e cor amarelada”, conforme explica a Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural (DGADR). É produzido apenas na ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores, desde a descoberta da ilha, em “meados do século XV”, acredita-se. “O seu fabrico foi incentivado pela comunidade flamenga, experientes produtores de bens alimentares como carne, leite e lacticínios, que encontraram na ilha um clima semelhante ao das suas origens.”
António Azevedo, responsável da Uniqueijo (União das Cooperativas Agrícolas de Laticínios de S. Jorge), elucida que, para ser considerado DOP, “o queijo tem que passar na prova da Câmara de Provadores da Confraria do Queijo São Jorge, que valida as características intrínsecas do Queijo São Jorge DOP: uma consistência firme, pasta amarelada dura ou semidura com olhos pequenos e irregulares disseminados na massa e uma estrutura quebradiça e forma […]