Nos últimos tempos, e em especial desde o início da XIII legislatura do Parlamento Português, que se iniciou em Outubro de 2015, que surgiram diversos ataques ao mundo rural na Assembleia da República, e que se assistiu a um movimento virtual nas redes sociais contrário às atividades e tradições do mundo rural Português.
Ao longo destes últimos 4 anos têm surgido partidos minoritários e deputados isolados que têm atacado a agricultura, a pecuária, a floresta, a caça e as diversas tradições e culturas do nosso mundo rural.
Contudo, muito poucas ou quase nenhumas vitórias conseguiram alcançar, face ao esforço e dedicação da maioria dos grupos parlamentares, de vários deputados em particular, de políticos no geral, dos quais destacamos a larga maioria dos deputados dos grupos parlamentares do CDS, PCP, PSD e PS, que em conjunto com as entidades do mundo rural têm sabido defender e proteger uma realidade que se tem tornado cada vez mais distante e desconhecida da maioria da nossa sociedade urbana, conduzindo a atos e ideologias de ignorância, dando voz a radicalismos que urge combater.
É portanto, fundamental que se dê a cara e apoio a quem nos tem defendido nos últimos anos, e a todos os que o venham a fazer, em nome de um Portugal com uma entidade própria e única, e não dividida por conceitos de desintegração territorial e cultural, tal como muitos políticos e movimentos ditos ecologistas e animalistas têm tentado atingir.
Em toda esta atual legislatura foram inúmeros os projetos de lei e projetos de resolução com manifesto cariz proibicionista para com as atividades, costumes e tradições do campo e da relação do mesmo com os seus animais de produção, de desporto, de atividades culturais e de companhia, contra a floresta e a sua forma de gestão, contra a propriedade privada e contra a agricultura e produção pecuária. No entanto, a esmagadora maioria dos deputados, eleitos e representantes do povo Português, tem vindo recorrentemente a chumbar e a repudiar a quase totalidade desses ataques, apoiados por diversas entidades dos diversos quadrantes políticos e personalidades importantes da sociedade portuguesa.
É com o intuito de dar a voz e promover as ideias de quem nos tem defendido, e de quem nos apoia, que a ANPC – Associação Nacional de Proprietários Rurais, Gestão Cinegética e Biodiversidade pretende lançar a primeira pedra de um projeto agregador e transversal a todo o mundo rural, aos políticos, personalidades, entidades e empresas ligadas ao campo, de modo a fundarmos um movimento de pensamento de coesão territorial, constituindo uma estrutura de reflexão e proatividade pelo mundo rural e pelas suas atividades.
Pretendemos com este movimento, cujo Manifesto Pelo Mundo Rural será a primeira fase visível, criar uma agenda de promoção e apoio ao mundo rural, que consiga passar a mensagem para a sociedade em geral e que permita transmitir ao poder político e à tutela a abrangência da sociedade rural, das entidades, das personalidades e das inúmeras empresas que apoiam e criam valor para toda a economia nacional.
Este é um projeto que se pretende que seja transversal a todo o mundo rural, onde todos possam ter uma palavra e possam dar o seu contributo. A mensagem é só uma, existindo inúmeras formas de a promover e fundamentar, ou seja: “O MUNDO RURAL TAMBÉM VOTA!”