O supermercado em causa deixou de apresentar o preço de alguns produtos por quilo e passou a destacá-lo por 100 gramas, dando a ideia ao consumidor de que o preço era mais baixo. A ASAE está a analisar esta nova prática dos hipermercados.
Pode não ter dado conta mas, a verdade, é que pode ter já comprado, por exemplo, fiambre, a pensar que fazia a opção mais barata, só que não. A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) assegura que está a analisar uma nova prática que está a ser implementada nos hipermercados e que pode ser desleal para com o consumidor.
Ao contrário do que era habitual, em destaque passou a estar o preço de alguns produtos por 100 gramas e não por quilo. Uma forma que pode criar ao consumidor uma ideia falsa de preços mais baixos.
Nos frigoríficos da charcutaria, do estabelecimento em questão, aparecem expostas as diferentes qualidades que podem ser compradas em quantidades a escolher pelo cliente.
Acontece que, se antes o preço destacado era ao quilo, agora, pelo menos numa das lojas de uma conhecida cadeira de hipermercados na zona de Lisboa, o preço passou a aparecer por cada 100 gramas. Mais visível fica, por isso, o preço mais baixo mas que pode causar uma falsa sensação de redução de preço.
A SIC contactou a cadeia de supermercados em causa para perceber porque houve esta mudança. Na resposta, a justificação foi o facto de ser a quantidade “mais usada” pelos clientes, tendo garantido ainda que não foge à lei porque tem os dois preços – gramas e quilo – afixados.
A exposição do valor a pagar é diferente em cada super ou hipermercado. A SIC esteve em outros dois supermercados e as práticas variam. Se num, existem as duas possibilidades, ou seja, o preço por 100 gramas e por quilo bem visíveis nos expositores. No outro, apenas está exposto o preço por quilo.
No terreno está já a ASAE a analisar a exposição dos preços para perceber se há ou não uma prática comercial desleal.