O Presidente da Nigéria está a estudar um plano de 1,2 mil milhões de euros para combater a inflação e a insegurança alimentar que afetam o país, que enfrenta a pior crise económica nesta geração, anunciou na quinta-feira o Governo.
O plano, no valor de 2.000 mil milhões de nairas, ainda está em fase de projeto, quando o Presidente Bola Tinubu enfrenta pressões para aliviar o peso das reformas económicas introduzidas depois de ter sido eleito no ano passado.
Tinubu pôs fim aos subsídios aos combustíveis e ao controlo das divisas, o que triplicou os preços da gasolina a triplicar e fez disparar o custo de vida, com a queda acentuada da naira em relação ao dólar.
Estas medidas afetaram duramente a população de uma das maiores economias africanas. Muitos nigerianos foram obrigados a saltar refeições, enquanto no norte do país, as pessoas são forçadas a comer arroz de má qualidade, normalmente utilizado como alimento para peixes.
O ministro das Finanças, Wale Edun, foi nomeado presidente de um novo conselho criado pelo Presidente para o ajudar a “desenvolver um plano de dois mil milhões de dólares”.
Edun afirmou que seriam gastos cerca de 229 milhões de dólares (212 milhões de euros) na saúde e no bem-estar social e cerca de 328 milhões de dólares (303 milhões de euros) na agricultura e na segurança alimentar.
“A principal prioridade do Presidente é a produção alimentar, a segurança alimentar e a segurança nutricional”, declarou o governante, num comunicado.
O ministro das Finanças assegurou que o governo seria capaz de financiar estas medidas, que seriam implementadas ao longo de seis meses, com o financiamento a ter origem nas receitas mais altas do petróleo, reservas orçamentais e apoio contínuo do Banco Mundial, segundo indicou à agência France-Presse (AFP).
O ministro também delineou outras medidas e objetivos, como aumentar o limitado fornecimento de eletricidade ao país, reduzir as perdas no setor petrolífero e subir a produção.
Em maio, a inflação atingiu um nível recorde de 33,95% e ultrapassou os 40,6% no setor alimentar, de acordo com o serviço nacional de estatísticas.