O IVA a 0% em 44 produtos não chega já às prateleiras mas não tarda muito. Ainda que possa ser uma ajuda, é claro: “Os preços não irão regressar aos níveis anteriores à pandemia”, diz Unimark.
Os preços dos produtos alimentares continuam a subir e o Governo corre agora atrás do prejuízo ao reduzir – ainda que temporariamente – o IVA dos produtos alimentares considerados essenciais. A medida, ainda que bem vista por muitos, fez com que outros tantos torcessem o nariz. Mas o que virá daqui para a frente? Os preços vão mesmo baixar?
Na assinatura do acordo que prevê a baixa do IVA, Gonçalo Lobo Xavier, presidente da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) garantiu que este é um “dia feliz para os portugueses” e que a medida pode ser “útil para combater a inflação e melhorar a vida dos portugueses”, lembrando que “não chega apenas baixar o IVA, é preciso apoiar a produção nacional”. Mas, na sua opinião, é claro que esta medida e os apoios à produção vão “ajudar com certeza a que os preços baixem sustentadamente”.
O responsável já veio admitir que não estamos perante a redução de 44 produtos, mas de centenas que serão abrangidos por este medida. Ao mesmo tempo, acena com a garantia de que os retalhistas “vão continuar a reforçar as promoções para termos cada vez mais preços mais baratos e acessíveis”. E avançou ainda que os valores “não descem amanhã”, mas quando “estiverem publicados os diplomas. Em 15 dias retalho alimentar estará pronto para assumir as suas responsabilidades”, lembrando que “estas coisas são morosas, não é num estalar de dedos” e que essa redução passou por “aquilo que tinha sido pedido e solicitado”.
Gonçalo Lobo Xavier fez questão de lembrar que a distribuição já tinha sugerido e trabalhado com o Governo em setembro do ano passado, no que diz respeito a esta “medida útil para o combate à inflação”. E acrescentou: “Na altura não foi possível fazê-lo. Foi uma decisão política, que em boa hora é corrigida para uma evolução natural de combate à inflação a que todos somos chamados”, acrescentou.
O responsável disse ainda que “sempre defendemos que não chegava apenas baixar o IVA; era preciso apoiar a produção nacional. Porque os preços têm aumentado em toda a cadeia. A conjugação da baixa do IVA e dos apoios à produção vai ajudar a que os preços baixem sustentadamente, assim o mercado ajude. Continuamos no setor a lutar pelos preços baixos, pela concorrência séria e transparente”.
‘Preços não vão regressar aos níveis antes da pandemia’
A Unimark não tem dúvidas: “Os preços não irão regressar aos níveis anteriores à pandemia”. E, ao i, explica porquê: “Além de se prever que a guerra na Ucrânia, esteja para durar e com o risco de incluir mais países, os preços dificilmente poderão recuperar os valores antes do conflito”. Mas defende que “a economia irá certamente […]
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