No modelo de agricultura Regenerativa, temos que aumentar a presença de microbiologia no solo. Fungos , bactérias, protozoários, nematodos, artrópodes,etc. O grande problema é que as nossas práticas culturais levam à sua diminuição e muitas vezes não conseguimos níveis bons e equilibrados desta fauna microbiana. Temos então que inocular o nosso solo com esta vida microbiana e temos que lhe dar um bom ambiente, para se desenvolverem e aumentar a sua presença nos nossos campos. Primeiro temos que aumentar a matéria orgânica para estes organismos se puderem alimentar, principalmente de carbono orgânico, isso conseguimos através dos restolhos das nossas culturas e da introdução das culturas de cobertura. Em segundo lugar, temos que evitar a todo custo o distúrbio do solo através das mobilizações e das aplicações de adubos de síntese e fitofarmacos.
Para tentar compensar algumas práticas que ainda provocam distúrbios, vamos inocular o nosso solo com microbiologia que nos faz falta.
Neste primeiro caso vamos para os modelos mais baratos e simples de fazê-lo na nossa exploração.
O chamado extrato de composto, não é mais que retirar microrganismos de qualquer meio onde estes estejam presentes em grande número. Neste caso, num solo sem distúrbios há muitos anos, perto dos nossos campos de cultivo .
Vamos através de um extractor retirar este microrganismos para um meio líquido e depois injectá-los no nosso sistema de rega ou aplicados com pulverizador. O objectivo é ir aumentando a presença destes microrganismos no nosso bioma de solo e aumentar a sua biodiversidade. Em conjugação com redução de distúrbios físicos e químicos, vamos ter um solo mais saudável e pronto para fixar mais nutrientes, menos suscetível à doenças, insectos e muito mais produtivo.
O artigo foi publicado originalmente em Milho Amarelo.