Na terça-feira, a televisão estatal chinesa CGTN divulgava imagens de uma semente de algodão que havia brotado no lado oculto da Lua. Agora, a CGTN vem confirmar que a semente, plantada numa espécie de “estufa” espacial, acabaria por morrer, não resistindo ao início da noite lunar – que equivale a 14 dias terrestres –, quando a temperatura atingiu os 170 graus negativos.
Esta semente de algodão, assim como outras (da planta de colza, da planta Arabidopsis ou de batata, bem como ovos de mosca da fruta e algumas leveduras), foram transportadas até à Lua pela sonda Chang’e 4 (curiosamente, é o nome da deusa chinesa da Lua), a primeira a aterrar no lado oculto da Lua, com o intuito de criar uma “mini biosfera simples”, segundo explicou a agência oficial Xinhua.
Este tipo de experiência com plantas não é, contudo, uma novidade: as primeiras foram plantadas no espaço há mais de 30 anos, quando a tripulação da estação espacial soviética Saliut-7 cultivou a bordo algumas Arabidopsis, que atingiram um ciclo de vida de 40 dias. Na estação russa Mir, entre 1996 e 1997, cultivou-se trigo, e em 2016, a Estação Espacial Internacional conseguiu fazer brotar flores zínias.
A China anunciou na terça-feira a intenção de continuar a expandir o seu programa de exploração do espaço, com o objetivo de coletar amostras na Lua, ainda durante este ano, e em Marte, em 2020.