Militares da Marinha foram acionados pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) para colaborarem no combate aos fogos florestais que têm fustigado a região. Terminaram ontem missões de 48 horas nos distritos de Coimbra, Leiria e Viseu.
“Fazemos o trabalho pós-incêndio, para evitar reacendimentos, batemos o terreno queimado”, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS fonte da Marinha, adiantando que muitos dos militares são também bombeiros e se “sentem muito felizes por poderem ajudar”.
Em Coimbra, dois pelotões, num total de 41 elementos, entre os quais fuzileiros, estiveram instalados na Lamarosa e colaboraram nas operações de rescaldo dos fogos do último fim de semana, nomeadamente no de Marujal (Montemor-o-Velho).
No distrito de Viseu, um pelotão foi mobilizado para Caldas da Felgueira (concelho de Nelas) e em Leiria, dois pelotões fixaram-se na localidade de Barqueiro, Alvaiázere, onde instalaram uma cozinha que serviu, durante a missão, uma média de 800 refeições diárias.
Os militares atuam no teatro de operações organizados em patrulhas que fazem o reconhecimento de toda a área ardida. No caso do concelho de Alvaiázere, por exemplo, as equipas de fuzileiros conseguiram detetar e intervir em 13 reativações de incêndios, extinguindo por completo estes focos e impedindo que o fogo se propagasse.
“Estamos onde for preciso, onde os portugueses precisarem de nós”, garantiu a mesma fonte, adiantando que, apesar do tempo de missão previsto ser de 48 horas, a Marinha está disponível para alargar a permanência.