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– 13-02-2007 |
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Milho: Produtores podem aumentar produ��o, mas querem condi��es do GovernoOs produtores portugueses de milho podem aumentar a produ��o para até 900 mil toneladas anuais para fornecer duas f�bricas de bioetanol, mas s� se o Governo proporcionar condi��es competitivas e o pre�o for justo. Em declarações � agência Lusa, o presidente da Associa��o Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (ANPROMIS), Lu�s Vasconcellos e Souza, explicou que este sector pode contribuir para o objectivo avan�ado pelo primeiro-ministro de apostar forte nos biocombust�veis, com os gastos nos transportes neste área a atingirem 10 por cento do total em 2010. Para Vasconcellos e Souza, a produ��o de bioetanol a partir do milho, j� muito avan�ada nos EUA, ganha cada vez mais relev�ncia a nível. internacional e Portugal "tem capacidade para produzir" as quantidades necess�rias para o desenvolvimento desta fileira. Com uma produ��o média de 700 mil toneladas por ano, os produtores s� necessitam de ter um pre�o de compra do milho "correcta" e que o Governo, através do ministro da Agricultura, crie condi��es de competitividade nomeadamente face a Espanha. Quanto ao primeiro ponto, o pre�o do milho no mercado internacional tem estado a subir e desde Setembro de 2006 j� ganhou 62 por cento. Esta evolu��o está relacionada com o facto de os EUA terem anunciado que deixavam de produzir para o mercado internacional j� que estáo a apostar forte na produ��o de bioetanol, que pode ser integrado na gasolina ou servir de combust�vel a autom�veis cujos motores estejam adaptados. "O uso de milho para bioetanol � cada vez mais falado em v�rios países, contribuindo Também para a subida do pre�o", acrescentou. Por outro lado, a nível. de União Europeia, a situa��o de desajustamento do mercado devido �s altas ajudas � produ��o e transporte de milho a dois novos Estados membros, principalmente a Hungria, foi ultrapassada e a situa��o está voltar ao normal, Também em termos de pre�os e de apoios. Em sentido contrário, a desfavor dos produtores está a evolu��o do d�lar que "puxou" o valor do milho para baixo. Mas, a parte mais complicada parece vir do Ministério da Agricultura, com o presidente da ANPROMIS a tecer duras cr�ticas ao ministro, acusando-o de "não ter a no��o do mundo rural e falar numa perspectiva num�rica da vida". "O ministro faz propostas para acabar com a agricultura portuguesa e [a nível. europeu] segue posi��es de países como o Reino Unido, que nada tem a ver com Portugal", defendeu Vasconcellos e Souza. Para os produtores de milho, um factor decisivo � a ajuda aos custos com energia, através da "electricidade verde", que pagava 60 por cento do total, e fazia com que os gastos em factores de produ��o pudessem estar mais perto dos concorrentes espanh�is "muito apoiados pelos governos aut�nomos", frisou o respons�vel. Este apoio foi suspenso pelo ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Jaime Silva, com a justifica��o de que existia uma utiliza��o incorrecta da electricidade verde, nomeadamente para o abastecimento de piscinas. "O ministro desacredita o sector ao dizer que a electricidade era m� utilizada e, ao mesmo tempo, faz com que o custo por hectare de área cultivada suba 15 contos [cerca de 75 euros]", acusa Vasconcellos e Souza. Com uma produtividade mais alta que Espanha, a produ��o de milho em Portugal enfrenta outros constrangimentos, além da electricidade verde, como as inefici�ncias resultantes da pequena dimensão da maioria das propriedades e do mercado, e os custos mais elevados dos factores de produ��o, como as sementes. "� uma questáo pol�tica", faz questáo de salientar o presidente da ANPROMIS. Para produzir bioetanol, o gr�o de milho � mo�do, � retirado o amido e este � transformado e rectificado de modo a tornar-se combust�vel. O "resto" do gr�o de milho, essencialmente composto por fibras, pode ser aproveitado para alimento dos animais. Os motores dos autom�veis actuais permitem uma integra��o de 10 a 15 por cento de bioetanol, mas h� estudos para motores que podem funcionar com 85 a 100 por cento de bioetanol. Uma informação da ANPROMIS refere que recentemente a Agência Portuguesa de Investimento (API) classificou como Projectos de Interesse Nacional (PIN) dois processos relativos � produ��o de bioetanol, o que "muito satisfez" os produtores de milho. Hoje, o presidente da associa��o salienta que existe capacidade de produzir em Portugal 800 a 900 mil toneladas de milho, respondendo �s necessidades de abastecimento de duas f�bricas, com 600 mil toneladas, sendo o restante destinado ao mercado. Vasconcellos e Souza reconhece que nas regi�es de regadio � "mais f�cil o desenvolvimento", em outras zonas os agricultores acabam por abandonar esta cultura. além do apoio ao milho, o respons�vel defende que deveria de existir uma ajuda diferenciada �s f�bricas de bioetanol, concretizando a aposta do governo nos biocombust�veis, através de isen��o de imposto, por exemplo. "As f�bricas devem usar milho portugu�s, caso contrário mais vale instal�-las no país de origem da matéria-prima", real�ou. A ANPROMIS vai realizar o seu V Congresso Nacional do Milho, hoje a amanh�, em Lisboa e traz a Portugal o antigo campe�o mundial de F1, Alain Proust para falar acerca do tema "produ��o de bioetanol numa estratégia europeia de abastecimento energ�tico".
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