A diretora regional de Agricultura do Norte disse que hoje foram avaliados à volta 400 hectares de vinha nas freguesias de Abaças e Guiães, em Vila Real, com “cerca de 60%” de prejuízos provocados pela intensa queda de granizo.
Carla Alves, responsável pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte (DRAPN), esteve esta manhã em Guiães, uma das aldeias do concelho de Vila Real que foi afetada pela queda de granizo na segunda-feira ao final da tarde.
A responsável referiu que os estragos “são significativos” e adiantou, numa primeira estimativa, que o mau tempo tenha provocado prejuízos na ordem dos 60% nos cerca de 400 hectares de vinha avaliados.
Salientou ainda que se trata de uma região em muitos agricultores têm pequenas parcelas de vinha e que também muitos não possuem seguros de colheita.
“Isso era importantíssimo, a questão do seguro de colheita. O ministério da Agricultura dá um forte apoio a estes seguros de colheita e esse terá que ser o futuro dos agricultores habituaram-se a fazer, normalmente até agrupados através de adegas cooperativas onde entregam as suas uvas”, salientou a responsável.
Para além do levantamento dos estragos, os técnicos da DRAPN estão também a prestar apoio técnico aos agricultores porque é essencial, logo nas primeiras horas de granizo, haver um tratamento das vinhas para cicatrizar as videiras.
“Agora vamos avaliar estes prejuízos. Muitas vezes, também com as autarquias, conseguimos dar algum apoio aos agricultores, sobretudo no que toca às despesas que eles têm com estes tratamentos”, referiu.
Há outra “questão muito importante”, acrescentou, “que tem a ver com os projetos e as ajudas comunitárias que tenham tido para estas vinhas”, para que “os compromissos não fiquem também comprometidos”.
Por isso é que, apontou, as equipas da DRAPN vão ao local avaliar e registar para que os produtores “não venham a ter penalizações por via destes episódios de granizo”.
Carla Alves disse que ainda hoje serão remetidas ao Ministério da Agricultura as informações recolhidas no terreno para serem decididos os apoios a atribuir.
“Mas, como disse, a questão dos seguros de colheita é sempre o nosso maior apoio. De qualquer forma vamos avaliar que apoios a tutela poderá dar”, referiu.
Segundo descreveram alguns viticultores, foram “minutos assustadores” os que viveram segunda-feira ao final da tarde, devido à chuva intensa e ao granizo do tamanho de nozes ou bolas de pingue-pongue.
A vinha e o vinho são as principais atividades económicas destas aldeias do concelho de Vila Real que estão inseridas na Região Demarcada do Douro.