A Lusosem assinou com a CEV um acordo para distribuição exclusiva em Portugal do biofungicida para a agricultura à base da proteína BLAD. Segundo um comunicado da Lusosem, o biofungicida desenvolvido, produzido e comercializado pela CEV «encontra-se em processo de registo na Europa, prevendo-se que a sua venda em Portugal possa ter início durante o ano de 2021».
A empresa portuguesa CEV desenvolve biofungicidas usando como princípio activo uma nova proteína, patenteada e designada como BLAD. Esta proteína, obtida a partir do processo de germinação de sementes de tremoço, «actua contra múltiplos fungos e algumas bactérias que atacam um leque diverso de culturas agrícolas».
O comunicado explica que a Lusosem tem sido «parceira em diversos projectos de inovação e investigação aplicada à cultura do tremoço» e que «sempre acompanhou de perto a criação da BLAD». «Durante os dois últimos anos, tem vindo a colaborar no desenvolvimento do produto e na implementação de ensaios de campo, que demonstraram, conforme era expectável, que este biofungicida português tem elevada eficácia no controlo de fungos em culturas-alvo».
Para a Lusosem, «o biofungicida contendo BLAD será uma excelente ferramenta natural para protecção das culturas, indicado para rotação com outros fungicidas, permitindo reduzir o nível de resíduos nos produtos agrícolas e minimizar o desenvolvimento de resistências às substâncias activas convencionais». A empresa portuguesa salienta ainda que «a BLAD, com o seu múltiplo modo de acção, é a única substância activa listada pelo FRAC [Fungicide Resistance Action Commitee] na categoria BM01».
Na opinião dos responsáveis da CEV, «a Lusosem tem um conhecimento profundo do mercado e das necessidades e tendências do mesmo, bem como uma postura de proximidade com os agricultores, o que se enquadra na íntegra com o perfil que a CEV pretende para os seus parceiros de negócio», indica o comunicado. Desta forma, referem, «a CEV está orgulhosa e satisfeita por ter alcançado este acordo com a Lusosem».
A Lusosem diz acreditar «no papel crucial da inovação como veículo para a otimização e criação de valor no mercado agrícola nacional» e que «este biofungicida é uma solução inovadora de elevada eficácia, alinhada com as preocupações actuais de segurança alimentar, economia circular e a sustentabilidade». Neste âmbito, a empresa afirma que «tem particular satisfação em estar envolvida com a CEV no desenvolvimento, lançamento, e futura distribuição, deste biofungicida resultante de investigação nacional».