O ano de 2023 não foi excelente para o maior grupo transformador de cortiça do mundo. Por uma pequena margem, voltou a descer abaixo dos míticos mil milhões de euros de faturação.
Após resultados atribuíveis aos interesses que não controlam, a Corticeira Amorim encerrou o ano de 2023 com um resultado líquido de 88,9 milhões de euros, uma redução de 9,7% face ao ano anterior, segundo comunicado enviado à CMVM. As vendas do grupo atingiram 985,5 milhões de euros no exercício de 2023. Apesar de um mix de produto mais favorável e da subida de preços, a redução significativa dos níveis de atividade, nomeadamente da Amorim Cork Flooring, e o efeito cambial desfavorável explicam a diminuição das vendas de 3,5% face ao ano anterior (-2,2%, excluindo o impacto negativo da evolução cambial).
A Amorim Cork, cujas vendas representam 76% das vendas consolidadas, apresentou uma certa resiliência, tendo as suas vendas registado uma subida de 0,7%. As vendas desta Unidade de Negócio (UN) foram particularmente afetadas pela evolução cambial – excluindo esse efeito, as vendas teriam subido 2,3%.
Apesar dos impactos negativos do aumento dos preços de consumo da cortiça e da desalavancagem operacional, o EBITDA consolidado subiu para 177 milhões. Este crescimento de 7,9%, resultou essencialmente de uma melhoria do mix de vendas e de poupanças significativas ao nível dos custos operacionais, nomeadamente decorrentes da redução dos preços de eletricidade e transportes. A margem EBITDA cifrou-se em 18,0% (12M22: 16,1%). […]