O Lidl contribuiu com mais de 9 mil milhões de euros para a economia portuguesa, tendo criado mais de 46 mil postos de trabalho, nos últimos cinco anos em Portugal, de acordo com um estudo levado a cabo pela KPMG que analisou o impacto da cadeia de retalho alemã no PIB, o primeiro sobre o impacto do sector de retalho alimentar em Portugal.
Só o ano passado, de forma direta e indireta, a cadeia alemã teve um contributo de 2,120 milhões de euros para a riqueza nacional, ou seja 1% para o PIB Nacional. Desde valor, 56% resulta de impacto direto da cadeia da alimentar. Por cada euro gasto pelo Lidl foram gerados 1,77 euros na economia portuguesa, tendo os sectores de produtores alimentares (39%), produtos da agricultura, produção alimentar e serviços relacionados (12%) e construção (10%) sido os mais beneficiados com a atividade da empresa.
Um impacto na economia que, desde 2014, tem vindo a ter um ritmo de crescimento na ordem dos 6%. Sérgio Ramos, CFO do Lidl, não antecipa ritmos de crescimento do impacto da cadeia para os próximos anos. “O nosso modelo é um modelo de sucesso, começamos com 13 lojas em 1995 e hoje temos 253″, lembra o responsável que não revela planos de expansão da rede de lojas. Mas mais do que novas lojas, pelos planos passa a remodelação do parque existente para melhorar a experiência de compra do cliente.”Com 253 lojas já e difícil percorrer o país de norte a sul e não encontrar uma loja”, frisa. “o país já está bastante coberto”, reforça. O ano passado das 20 intervenções feitas no parque de lojas, a grande maioria foram remodelações.
“A atividade do Lidl tem impacto na riqueza nacional, mas também a nível local”, frisa Pedro Silva, diretor da KPMG.
A região Norte, adianta a cadeia, foi a região com maior contributo para este valor, zona do país onde a geração de riqueza nos últimos anos se saldou acima dos 2,5 mil milhões de euros.
Criação de emprego: 46 mil empregos
O impacto da cadeia também se faz sentir ao nível da criação de emprego: 46.300 empregos, diretos e indiretos, tendo criado uma média anual de 3 mil postos de trabalho entre 2014-2018. Ou seja, por cada posto de trabalho criado diretamente pelo Lidl, foram gerados 5,8 novos empregos, sobretudo nos sectores de produtos alimentares (33%), produtos da agricultura, produção alimentar e serviços relacionados (25%) e construção (9%). Só nestes o Lidl teve um impacto de mais de 31 mil empregos.
A cadeia tem 6.795 colaboradores, 15% do total de empregos gerados, todos com contrato sem termo e com o salário mínimo de 670 euros, 12% acima do salário mínimo nacional previsto para este ano, destaca o responsável da KPMG.
“Numa perspetiva global é um sector que na geração de emprego ultrapassa em muito o de outros sectores”, frisa Pedro Silva, lembrando que este é o primeiro estudo do género no retalho alimentar em Portugal não sendo por isso possível comparar com o impacto de cadeias concorrentes.