O Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto entregou prémios de sustentabilidade a empresas e indivíduos que considera serem casos de sucesso nas áreas do enoturismo e da vitivinicultura na região.
Este domingo, dia em que também se assinalava o aniversário da criação da Região Demarcada do Douro, a região celebrava o Port Wine Day I, e o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto (IVDP) voltou a distinguir figuras e empresas que entende estarem na linha da frente de um esforço para tornar o sector dos vinhos mais sustentável, seja do ponto de vista ambiental, seja de uma perspectiva económica, e até social.
Com o mote “Douro + Sustentável”, o instituto distinguiu Jorge Lourenço, enólogo da empresa Vinilourenço, na categoria Enologia, o projeto i-GRAPE da Sogrape, na categoria Viticultura, a Quinta de São Luiz (Sogevinus) na categoria Enoturismo e a enóloga Rita Marques (vinhos Conceito), na categoria Revelação.
O enólogo Jorge Lourenço assumiu a missão de modernizar os 25 hectares de vinhas da Vinilourenço no Douro quando tinha apenas 18 anos. Estávamos no início da década de 2000, quando agarrou um curso de empresário agrícola e, já com o certificado de “Jovem Agricultor”, começou a seleccionar novas castas para ampliar a área de vinha de um projecto situado na pequena povoação do Poço do Canto, concelho da Mêda, Douro Superior, e a reestruturar a empresa para passar a vinificar e engarrafar em nome próprio.
Na nota enviada pelo IVDP aos jornalistas, é destacado o trabalho com “a recuperação de castas antigas do Douro”, a “marca distintiva” do trabalho que Jorge faz hoje na Vinilourenço, que hoje tem 45 hectares de vinha e “vinhos que começam a chegar aos quatro cantos do mundo”.
As uvas e a Internet das coisas
A Sogrape e uma mancheia de parceiros nacionais e internacionais transformaram as uvas em transmissores de informação, com a tecnologia i-Grape, que está a ser testada nas vinhas há cerca de quatro anos e cuja aplicação concreta arrancou no ano passado.
Quando o assunto é inovação em viticultura, a Sogrape está sempre lá — segundo disse recentemente ao PÚBLICO António Graça, “em 2022 a empresa investiu um total de 1,55 milhões de euros em actividades de investigação e desenvolvimento”. E este i-Grape é de facto […]