A opinião de comerciantes e clientes é a mesma: dizem que a medida não vai ter qualquer impacto para combater a inflação. Depois de ser conhecida a lista de alimentos essenciais com IVA zero, os consumidores falam em poupanças mínimas e reclamam que o Governo devia implementar apoios reais.
O Governo anunciou esta segunda-feira um conjunto de alimentos do cabaz essencial atualmente taxados a 6% e que vão passar, a partir de abril, a estar isentos de IVA.
Os consumidores e comerciantes duvidam que a redução do IVA a zero traga mudanças. No Mercado de Matosinhos, na banca do peixe, a isenção do IVA na pescada, na dourada ou mesmo na sardinha não convence nem quem vende, nem quem compra.
E se a medida na banca do peixe não é considerada eficaz, na da fruta as reações são idênticas. Contas feitas, uma compra de maçãs, laranjas e peras sem os 6% de IVA vai resultar numa poupança de alguns cêntimos. O consumidores reclamam que o Governo devia implementar apoios reais.
Aos cofres do Estado, a medida que deverá entrar em vigor dentro de 15 dias, vai custar 550 milhões e estará em vigor durante seis meses. A medida abrange todos os portugueses, que só terão a noção real da diferença dos preços quando este apoio entrar em vigor.
O primeiro-ministro, António Costa, salientou a necessidade de ao longo destes seis meses se ir acompanhando a situação, destacando que o compromisso assinado esta segunda-feira garante da parte do retalho alimentar que a descida do IVA se repercute no preço de venda aos consumidores e a importância do reforço dos apoios à produção onde os custos com fertilizantes, rações e energia têm aumentado.
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