São qualquer coisa como 614 campos de futebol com nogueiras a perder de vista, que vão produzir 4 mil toneladas de nozes na zona de Évora. Investimento de 48 milhões é do grupo Sogepoc.
Nascida e criada na transformação de tomate, a Sogepoc preparou, nos últimos anos, um investimento na produção de nozes no Alentejo. Em São Manços, nos arredores de Évora, crescem 614 hectares de nogueiras há três anos, em duas propriedades, a que se juntam mais 170 de amendoeiras na zona de Estremoz.
Tiago Costa, CEO da Sogepoc, a holding da família Ortigão Costa – que conta também com a Sugal -, explica ao DV que a oportunidade foi identificada no Chile. O grupo já tem parceiros naquele país da América Latina, onde aprendeu algo do mundo da noz. “Já estamos muito presentes no Chile, por via da atividade com a indústria do tomate. Começámos a ver tudo o que o Chile fez para se tornar no segundo player mundial no setor das nozes; e vimos que havia uma grande referência ao modelo de produção americano. Começámos então a usar uma conjugação dos dois para vermos o que faria sentido ter em Portugal. Como já tínhamos toda esta ideia pensada e estruturada, mesmo com a pandemia decidimos arrancar.” Este arrancar obrigou a um investimento de perto de 48 milhões de euros, em terrenos, plantação de nogueiras e construção da fábrica. Só esta conta com 6,9 milhões de euros de investimento, apoiados pelo programa Compete 2020. Foi inaugurada ontem pelos ministros da Agricultura e da Economia, respetivamente, Maria do Céu Antunes e Pedro Siza Vieira.
Tiago Costa sublinha que esta é a primeira fábrica de nozes em Portugal e o maior projeto de nozes da Europa. O objetivo é simples: a Sogepoc quer abastecer o mercado europeu e intrometer-se entre os dois maiores fornecedores mundiais, respetivamente os Estados Unidos e o Chile.
“Os EUA, por exemplo, produzem entre 20%
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