No próximo dia 24 de junho, Coruche recebe proprietários e técnicos florestais com interesse em conhecer a inovação que está a reavivar, um pouco por todo o país, o interesse na resinagem com oportunidades de rentabilidade para o pinhal-bravo.
Fruto da inovação, a resina pode voltar a brilhar nas áreas de montado do Ribatejo, onde existem sistemas florestais mistos com a presença espontânea de pinheiro-bravo. Em algumas explorações, a árvore resinosa desenvolve-se por regeneração natural em conjugação com outras espécies florestais, como o sobreiro ou o pinheiro-manso e até integrada com outras atividades, como a pecuária extensiva.
“Há um grande interesse dos proprietários em conhecer melhor as oportunidades de resinagem, uma atividade que pode complementar o rendimento das explorações, a par da madeira de pinho-bravo que é vendida para as serrações”, explica Miguel Ferreira Carvalho da APFC, entidade local que é um dos co-promotores das acções de formação e demonstração em resinagem, em conjunto com o Centro PINUS, o Centro de Competências do Pinheiro-Bravo e a UNAC.
Esta é uma das ações do Roteiro PINUS 2025 que chega agora a Coruche. Desde o início de junho que a iniciativa está a percorrer o país com várias visitas de campo dedicadas à divulgação técnica de temas relacionados com o pinheiro-bravo.
Esta ação de participação gratuita dedicada à resinagem terá lugar no dia 24 de junho (das 8h30 às 18h) com início de manhã, no Observatório do Sobreiro e da Cortiça em Coruche, numa sessão dinamizada pelo formador Pedro Sousa, profissional ligado ao setor. Da parte da tarde, decorrerá a visita de campo com a presença de resineiros numa propriedade, situada em Monte da Barca, com produção florestal de pinheiro-bravo em povoamento puro e misto. “Iremos visitar uma parcela em que o proprietário é muito ativo em resinagem”, contextualiza o representante da APFC.
“Há muito interesse dos nossos associados sobre este tema. Iremos divulgar também informação sobre a componente económica. Quanto custa resinar e a rentabilidade média possível de obter nos vários sistemas florestais. Esta não será apenas uma ação de demonstração, mas uma oportunidade para as pessoas verem como a atividade pode ser bem feita. E é uma oportunidade para valorizar o pinheiro-bravo presente na região”, remata Miguel Ferreira Carvalho.
Roteiro PINUS 2025
Esta é uma iniciativa de comunicação lançada pelo Centro PINUS e o Centro de Competências do Pinheiro-Bravo, em copromoção com um conjunto de federações de produtores florestais (Baladi, Fenafloresta, Forestis, FNAPF e UNAC) e várias Organizações de Produtores Florestais.
O Roteiro PINUS 2025 decorre ao longo dos meses de junho, setembro e outubro e incluirá mais de 10 iniciativas de informação e capacitação de norte a sul do país.
Esta iniciativa é financiada pelo PRR pelo projeto Dinamização do Centro de Competências do Pinheiro-Bravo no âmbito do investimento “RE-C08-i05 – Programa MAIS Floresta (Reforço de Atuação dos Centros de Competência do Setor Florestal)” da “Componente C08 – Florestas” do Plano de Recuperação e Resiliência.
Fonte: Centro PINUS