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CAP e Alegre: e a resposta do “único partido” do mundo rural
A porta-voz do PAN tinha guardadas respostas para os “ataques” que surgiram nas horas anteriores – ontem, a Confederação dos Agricultores de Portugal apelara à rejeição do voto no PS e em todos os partidos que possam coligar-se com o PAN; hoje, em texto de opinião publicado no Público, o histórico socialista Manuel Alegre criticara o António Costa por se colocar “na eventual dependência do PAN”.
Inês Sousa Real mediu as palavras, mas vestiu-as com tamanhos grandes. “É estranho que a CAP ataque, precisamente, o único partido que tem defendido o mundo rural. Não podemos estar em contra-ciclo com aquilo que é o desafio das nossas vidas: a crise climática. A CAP, mais uma vez, vem defender os grandes interesses económicos: seja o lóbi da tauromaquia, seja da caça, seja as empresas que estão a explorar de forma intensiva e super-intensiva o nosso território, mas nunca dos pequenos e médios agricultores. Esses sabem que contam com o PAN para enfrentarem uma nova era na agricultura, responsável e sustentável”, disse.
Quanto a Manuel Alegre, a porta-voz do PAN foi ainda mais direta: “Acho que Manuel Alegre tem de se atualizar”, disparou. E disse mais: “Os valores humanitários, hoje, não podem ser indiferentes ao sofrimento animal. Manuel Alegre tem de se conformar com o salto geracional que existiu em termos de sensibilidade em relação a todas as formas de vida e ao planeta, e julgo que, certamente, as gerações mais novas do seu partido não se reveem nas suas afirmações”, declarou. Antes do ponto final, repetiu para que não ficassem dúvidas aos presentes: “O PAN quer acabar com atividades como a tourada ou a caça”.
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