O Governo justificou hoje a opção de Portugal de não recorrer, para já, ao Mecanismo Europeu de Proteção Civil no combate aos incêndios com o facto de o país não ter esgotado os meios próprios de que dispõe.
“Como ainda não chegámos, felizmente, e esperamos e contamos não ter de chegar, à verificação de que já não somos capazes de debelar um problema com os nossos próprios meios, levamos muito a sério esta condição de última instância no recurso à ajuda externa, à ajuda europeia”, afirmou, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros de hoje, a ministra da Administração Interna.
Lembrando que a “dimensão de última instância” do pedido de ajuda europeia sempre existiu, Maria Lúcia Amaral defendeu que tal é ainda mais importante numa altura em que “o sul da Europa está em geral a braços com o mesmo problema” de incêndios florestais.
Hoje, a porta-voz da Comissão Europeia, Anna-Kaisa Itkonen, reiterou que há meios de combate a incêndios preposicionados no sul da Europa, nomeadamente em Portugal, e que a intervenção da proteção civil europeia depende de um pedido do Estado-membro.
“Temos helicópteros e bombeiros preposicionados em França e países vizinhos, como Portugal, prontos para ajudar assim que houver pedidos”, afirmou.
Nesta época de incêndios, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil já ajudou no combate a incêndios na Grécia, Bulgária, Chipre, Macedónia do Norte, Bósnia-Herzegovina e Albânia.