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– 15-05-2007 |
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Inc�ndios: Especialistas recomendam uso controlado do fogo como preven��oEspecialistas criticaram hoje, em Sevilha, as administrações públicas que tentam proibir todo o tipo de fogos, afirmando que os inc�ndios são necess�rios em alguns ecossistemas e podem mesmo prevenir os grandes inc�ndios florestais. Falando numa confer�ncia internacional sobre fogos florestais, que decorre esta semana em Sevilha, Ronald Myers, investigador da organiza��o norte-americana The Nature Conservancy, frisou que as queimadas controladas podem ser muito �teis em zonas como a Pen�nsula Ib�rica, onde houve um grande abandono do meio rural. Para Myers o matagal que outrora era queimado pelos agricultores ou que servia de pasto cresce agora descontroladamente, constituindo "uma grande fonte de combust�vel preparada para arder". "Queimadas controladas do matagal são muito �teis, quer para prevenir inc�ndios, quer para fortalecer a pr�pria floresta, voltando a crescer em um ou dois anos e permitindo �s �rvores conseguir mais nutrientes do solo", afirmou o especialista. Myers recordou que em países como os Estados Unidos e o Canad� "h� cada vez mais inc�ndios e de maior dimensão", apesar de haver um s�culo de "sofisticados programas de combate a inc�ndios florestais". Da� que seja necess�rio apostar em novas estratégias, sublinhou, que incluam queimadas de baixa intensidade, tecnicamente poss�veis de controlar, que "evitam os inc�ndios maiores e com maiores danos". O problema, frisou, � que muitas administrações não conseguem distinguir entre ecossistemas dependentes do fogo e espaços sens�veis a inc�ndios, havendo especies que estáo adaptadas ao fogo e que precisam dele para se renovar e sobreviver. Mais de metade dos ecossistemas do planeta "necessitam de algum tipo de fogo para sobreviver", afirmou, acrescentando que controlar a floresta com queimadas � uma pr�tica "com s�culos" que caiu progressivamente em desuso, paralelamente ao aumento dos grandes inc�ndios florestais. "O fogo não � o produto final. não temos áreas florestais simplesmente para as queimar. Mas temos que tomar as medidas necess�rias para ajudar a conserv�-las", frisou. Mais do que continuar a apostar em sistemas "muito dispendiosos" de combate aos inc�ndios, disse Myers, � importante apostar em recursos "para travar algumas das causas dos fogos". "O tri�ngulo do fogo, formado pela preven��o, combate e uso ordenado, deixou de se aplicar porque os planos de preven��o de inc�ndios tendem a considerar que todos os fogos são maus", disse ainda. "A maior parte das ag�ncias governamentais centram-se na preven��o e combate ao fogo, mas prestam pouca ou nenhuma aten��o � gestáo ordenada do fogo", frisou. Como exemplo, cita o facto de governos latino-americanos condenarem popula��es ind�genas por realizarem queimadas, "quando os ind�genas convivem h� s�culos com o fogo e são quem melhor sabe como utiliz�-lo para preservar o ecossistema". Mais de 1.200 especialistas de quase 80 países participam na 4� Confer�ncia Internacional sobre Inc�ndios Florestais, que decorre até 17 de Maio em Sevilha. Trata-se do primeiro encontro do tipo no continente europeu, depois de edi��es nos Estados Unidos, Canad� e Austr�lia, pretendendo segundo os promotores criar um f�rum para "analisar temas essenciais na preven��o e controlo de inc�ndios florestais". Reunindo respons�veis governamentais, especialistas t�cnicos, acad�micos e representantes de organizações não-governamentais, o encontro de Sevilha � promovido pela ONU e pela Comissão Europeia. A reuni�o pretende fortalecer a coopera��o entre as redes regionais de combate aos inc�ndios florestais, trocando inova��es, novas tecnologias, produtos e m�todos para a preven��o e controlo dos inc�ndios florestais. Entre os assuntos em análise na confer�ncia estar�o as altera��es clim�ticas, o impacto dos inc�ndios, a ecologia do fogo, a preven��o e participa��o cidad�, bem com a efic�cia no combate aos inc�ndios.
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