Depois da publicação do Despacho que constitui o grupo de trabalho de acompanhamento do setor da suinicultura, no passado dia 22 de fevereiro, e depois de uma reunião preliminar de diagnóstico da situação atual da fileira, no dia 7 de março teve lugar a primeira reunião formal do grupo de trabalho.
Nesta primeira sessão de trabalho, o foco foi sobre a evolução das matérias-primas, com a participação da IACA. Foi transmitido ao grupo que Portugal não estava a importar milho dos EUA pelo embargo imposto pela administração Trump, mas a administração Biden revogou esta decisão e a União Europeia vai voltar em breve ao mercado americano.
Foi ainda identificado um OGM de milho utilizado para bioetanol, mas cujos resultados microbiológicos estão dentro dos intervalos de confiança para a utilização na alimentação animal, pelo que deverá ser autorizado na Europa em breve. Existe ainda o problema dos resíduos de pesticidas acima do limite autorizado do milho do Brasil e Argentina.
Relativamente ao conflito na Ucrânia, foi referido que o país é o 5º maior produtor de milho a nível mundial e 3º maior exportador mundial. Já a Rússia detém 25% da produção total de cereais e 10% da exportação.
Apesar de haver alternativas como EUA, Brasil e Argentina, existe o problema da disponibilidade dos cereais da América do Sul onde a colheita apenas se faz em junho próximo.
Com este cenário de instabilidade, o preço do milho subiu entre 30 a 40% em apenas 15 dias, estimando-se haver disponibilidade em Portugal apenas até final de abril.
A situação do abastecimento de cereais é crítica e será monitorizada no âmbito deste grupo de trabalho que volta a reunir no dia 14 de março.
Fonte: FPAS.