Fundo Ambiental aprova 13 candidaturas para beneficiação de povoamentos de pinheiro-bravo com potencial para resinagem, com um financiamento total de 1,078 milhões euros e uma área de 929,42 hectares.
Investimentos contribuem para aumentar a área disponível para resinagem, promover a gestão florestal sustentável,reduzir a perigosidade de incêndio e fomentar o desenvolvimento do mundo rural, num setor que viu a sua produção cair drasticamente nas últimas duas décadas.
O Fundo Ambiental, tutelado pelo Ministério do Ambiente e Energia, concluiu a análise das candidaturas ao concurso no âmbito da medida de Bioeconomia Sustentável do Plano de Recuperação e Resiliência.
Foram aprovadas 13 candidaturas, num total de 1,078 milhões euros de financiamento e uma área de intervenção de 929,42 hectares, com o objetivo de reabilitar e beneficiar povoamentos de pinheiro-bravo, em áreas definidas como prioritárias, através da gestão e aproveitamento da regeneração natural.
Este financiamento visa aumentar a área disponível para extração de resina natural, num contexto em que a produção nacional sofreu uma redução drástica nas últimas duas décadas. Revertendo a tendência dos últimos anos, em que Portugal e a União Europeia (UE) se tornaram altamente dependentes das importações de resina e seus derivados, a revitalização desta fileira permitirá reforçar os níveis de autoabastecimento, estimular a gestão florestal ativa e sustentável, e reduzir o risco de incêndios em áreas críticas.
Entre os projetos aprovados estão candidaturas de comunidades locais de baldios, associações florestais e autarquias, em regiões com forte tradição na resinagem. A seleção baseou-se na avaliação técnica do mérito das propostas e no cumprimento dos critérios ambientais e territoriais definidos no aviso.
A medida insere-se na estratégia nacional de reforço das cadeias de valor florestal sustentáveis, com o apoio do PRR, e está alinhada com as metas de resiliência territorial e valorização da bioeconomia previstas para 2026.
“Estamos a recuperar uma fileira estratégica para o país e a valorizar o mundo rural com investimento público e visão de futuro. Estes apoios mostram como o PRR está a chegar a quem faz, a quem cuida do território e a quem quer transformar as florestas portuguesas num ativo económico, ambiental e social”, garante a Ministra do Ambiente e Energia.
Também o Ministro da Agricultura e pescas sublinha que “Portugal tem cerca de 420 mil hectares de baldios, submetidos a regime florestal, geridos por Comunidades Locais. Um património que exige ação concertada, compromisso e visão de longo prazo. As Autarquias Locais, as Organizações de Produtores Florestais e as Comunidades Locais/Baldios são parceiros imprescindíveis do Governo, desempenhando um papel crucial. Só com planeamento, organização e rentabilidade conseguiremos valorizar verdadeiramente a floresta.”
O Ministério do Ambiente e Energia e o Ministério da Agricultura e Pescas reforçam o compromisso de acelerar a concretização dos projetos no terreno, que têm como prazo final de execução 31 de dezembro de 2025, sem possibilidade de prorrogação.
Lista das 13 candidaturas aprovadas:
- Baldios da Freguesia de Alvares
- Baldios de Paradela da Cortiça
- Associação Florestal do Baixo Vouga
- Baldios de Nogueiró
- Associação Florestal de Entre Douro e Vouga
- Baldios de Vila Cova de Alva e Anseriz
- Associação Florestal do Vale do Minho
- Associação Florestal do Lima
- Baldios da Freguesia de Vila Nova do Ceira
- Associação Florestal do Cávado
- Associação de Compartes do Baldio da Freguesia de Alvares
- Associação de Compartes dos Baldios de Sobral Magro
- Associação Florestal da Encosta da Serra da Estrela
Fonte: Ministério do Ambiente e Energia e o Ministério da Agricultura e Pescas