O Governo aprovou, esta quarta-feira (12 de junho), através de um despacho publicado em Diário da República, um plano de ação para a prevenção da peste suína africana (PSA). O objetivo é reforçar as medidas preventivas e implementar novas ações que permitam reduzir as populações de javalis.
Entre as medidas previstas estão a realização de um censo nacional sobre o javali e a implementação de um plano de correção da densidade populacional javalis e de espécimes caçados, em colaboração com as organizações do sector da caça (OSC).
O plano prevê ainda o reforço da vigilância nos matadouros, a fiscalização a produtos de caça comercializados com a restauração, o aumento das ações de fiscalização de limpeza e desinfeção de veículos e um plano de vigilância sanitária da caça maior. Além disso, estão previstas medidas para a comunicação e de sensibilização sobre a doença, nomeadamente através de materiais de divulgação, promoção de ações de sensibilização e de reforço de conhecimento sobre a doença pelos grupos-alvo e reuniões com as organizações do setor suinícola, da caça e outros; o reforço da biossegurança, estando previsto o desenvolvimento de um sistema de registo online sobre a aplicação de medidas de biossegurança e a limpeza e desinfeção de veículos; e medidas de reforço para a deteção precoce da PSA, incluindo a monitorização de indicadores da população suína e a notificação de mortalidade de javalis.
Luis Capoulas Santos, ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural explica, no despacho hoje publicado, que a peste suína africana “continua a expandir-se a nível mundial com ocorrência de novos focos” na Europa. “Atualmente, esta doença afeta nove Estados Membros da União Europeia, em concreto, Bélgica, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Itália, Hungria, Polónia e Roménia”. Além disso, de acordo com Capoulas Santos, na Ásia, a situação da PSA em suínos domésticos é “preocupante”, em especial em países como China, Mongólia, Vietname e Camboja.
Portugal está atualmente classificado como país livre de Peste Suína Africana, contudo, durante cerca de 30 de anos a doença esteve ativa no país, tendo sido erradicada em 1996.