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O ministro da Agricultura anunciou um investimento de nove milhões de euros para a aquisição de equipamento pesado para a limpeza de faixas de proteção florestal e, depois, no verão ajudar no combate aos incêndios.
Capoulas Santos disse que a medida foi aprovada no conselho de ministros de quinta-feira e se enquadra no âmbito da reforma da floresta.
O ministro especificou que os nove milhões de euros vão ser aplicados na aquisição de 12 tratores pesados, mais cerca de uma dezena de tratores de mais pequena dimensão, camiões de transporte e outras alfaias agrícolas.
“Para que o Ministério da Agricultura não esteja dependente dos empreiteiros privados para fazer as faixas de proteção e as zonas de limpeza da floresta. No ano passado, houve muita procura e os preços chegaram a triplicar e quadruplicar e algumas obras não puderam ser feitas porque não havia empresas no mercado para fazer”, salientou o governante, que falava em Vila Pouca de Aguiar.
Capoulas Santos explicou que esse equipamento estará disponível, durante o ano, para a realização da limpeza das faixas e a abertura de novas faixas de proteção.
Depois, acrescentou, estará à disposição das forças de combate durante os três meses de verão.
“Durante todo o ano trabalharão para o Ministério da Agricultura e, nos três meses de verão, esta maquinaria estará à disposição dos municípios, através das comunidades intermunicipais, para acudir se necessário na ajuda ao combate aos incêndios”.
O ministro falava aos jornalistas à margem da assinatura dos contratos-programa para a constituição dos agrupamentos de baldios, entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), em representação do Estado, a Federação Nacional dos Baldios (Baladi) e a Associação Florestal de Portugal (Forestis).
Este é um programa piloto que visa a criação de 20 agrupamentos de baldios (AdB), em 15 áreas prioritárias, e que envolve um investimento de 3,6 milhões de euros.
“Trata-se de criar condições para uma gestão profissional da floresta, através da aquisição de técnicos, de equipamentos, da elaboração de planos de gestão e da elaboração do cadastro”, referiu.
Ou seja, de um “conjunto de instrumentos que permitem a gestão profissional para uma floresta mais ordenada e bem gerida”.
“É um passinho mais no vasto conjunto de medidas que desde há dois anos temos vindo a por em execução no âmbito desta grande reforma da floresta”, salientou.
Capoulas Santos disse ainda que o Governo está a acompanhar a situação de mau tempo para depois avaliar da necessidade de alguma ação em concreto.
Fonte: sapo.pt