O Governo destacou hoje o “trabalho exemplar” dos agricultores durante a pandemia de covid-19, após a divulgação das estatísticas do INE, notando ainda a necessidade de implementar estratégias que assegurem a sustentabilidade do setor.
“As estatísticas agrícolas anunciadas hoje pelo INE vêm sublinhar o que temos vindo a destacar nos últimos meses: a capacidade de resiliência ímpar que o setor agrícola tem demonstrado nesta fase de pandemia. Numa altura em que a agricultura nem sempre é devidamente valorizada, este é o reconhecimento justo aos nossos agricultores, que trabalham de forma incansável e exemplar para que nada falte nas nossas mesas”, afirmou, em comunicado, a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) considerou hoje que o ano agrícola 2019/2020 evidenciou “uma resiliência que não foi patente em muitos outros setores”, num ano de pandemia com aumentos de exportações e diminuição de importações.
“A agricultura globalmente terá atravessado um ano marcado pela pandemia covid-19, evidenciando uma resiliência que não foi patente em muitos outros setores da atividade económica nacional”, pode ler-se nas Estatísticas Agrícolas de 2020, hoje divulgadas pelo INE.
O instituto de estatística salientou que, em 2020, as exportações de produtos agrícolas e agroalimentares, exceto bebidas, “aumentaram 5,8% face ao ano anterior (uma evolução contrária à redução de 10,2% registada nas exportações globais de bens)”.
As importações “diminuíram 1,8%, refletindo-se numa melhoria do saldo da balança comercial (diminuição do défice em 429,7 milhões de euros)”.
O documento revelou ainda que, em 2019, foram vendidos 2,2 quilogramas de substância ativa dos principais grupos de pesticidas por hectares de superfície agrícola utilizável, acima da média da União Europeia.
Para a titular da pasta da Agricultura, estes resultados “reforçam a necessidade de implementação de estratégias que assegurem a sustentabilidade da agricultura”.
Maria do Céu Antunes assegurou ainda que o Governo pretende aprofundar essas questões no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC).
“As linhas de ação estão a ser desenvolvidas em estreita colaboração com o setor e com a sociedade civil e é neste espírito de cooperação que pretendemos dar resposta às três dimensões – ambiental, económica e social – da Política Agrícola Comum”, vincou.