A GNR realizou esta quinta-feira a primeira patrulha aérea de vigilância para prevenir incêndios, com recurso a um helicóptero da Força Aérea. Até domingo, período em que o país está em alerta por causa do risco de incêndio elevado, vai continuar a fazer vigilância pelo ar.
Em comunicado, a GNR explica que os militares fazem observação da floresta para detectar actividades proibidas nesta altura, como por exemplo queimadas, ou comportamentos suspeitos da prática de crimes.
“Durante o patrulhamento aéreo realizado ontem, foram controladas situações de trabalhos em espaços florestais e viaturas em zonas isoladas que, em coordenação com equipas terrestres da GNR, através da utilização de comunicações rádio, permitiram a sua abordagem e fiscalização”, lê-se na nota.
A fiscalização pelo ar também “aumentou a capacidade de apoio às operações de combate aos incêndios em curso, com a avaliação de possíveis riscos para áreas residenciais”.
Dois detidos em flagrante
Na quinta-feira, a GNR realizou 1200 patrulhas, envolvendo 2393 militares de várias valências — territorial, trânsito, investigação criminal, Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, e militares da Unidade de Emergência de Protecção e Socorro. No comunicado explicam que percorrem mais de 66 mil quilómetros.
Nesse período foram identificadas oito pessoas e detidas outras duas em flagrante delito pela prática de crimes de incêndio florestal.
Trata-se de uma mulher de 41 anos detida no concelho de Cinfães, devido à utilização de uma roçadora para a limpeza de um terreno, que provocou um incêndio florestal. Arderam “cerca de 14 000 m2 de mato e arvoredo, danificando ainda uma exploração agrícola”. Já no concelho de Albergaria-a-Velha, foi detido um homem de 64 anos pela utilização de um isqueiro que provocou um incêndio florestal.