Os espaços florestais geridos pela Navigator têm um plano de gestão das operações a realizar, que é ajustado ao longo dos anos.
Sérgio Maggiolli é o coordenador de Proteção Florestal na The Navigator Company, empresa que gere mais de 108 mil hectares de floresta (próprios e de terceiros) em Portugal continental, e explica a política da empresa em matéria de gestão deste património. “Trata-se de uma gestão ativa e que, entre outros aspetos, contribui significativamente para o aumento da resiliência destas áreas”, refere aquele responsável à “Produtores Florestais”.
“Existe um Plano de Gestão Florestal para toda a área gerida pela Companhia, onde estão preconizadas as operações a realizar durante um período de tempo. À medida que os anos vão passando, vão-se ajustando as operações de acordo com as necessidades, nunca descurando as boas práticas”, afirma Sérgio Maggiolli. E acrescenta: “Este tipo de planeamento começa logo no momento da elaboração do projeto de arborização ou rearborização, repetindo-se ciclicamente de acordo com a espécie.”
A gestão ativa tem como objetivo, entre outros, manter o povoamento em boas condições durante os 12 anos em que as árvores atingem a maturidade e pode estender-se por 24/36 anos (duas ou três rotações), até que a área seja sujeita a um novo projeto de rearborização, com adequada preparação do solo e instalação.
“Embora a floresta gerida seja mais resiliente, também ela arde”, prossegue o técnico florestal, reconhecendo que, normalmente, “o impacto do fogo nestas é menor”. “Quem lida de perto com incêndios florestais reconhece que as áreas com gestão ativa por vezes são locais de oportunidade para travar os incêndios”, refere, pois, havendo menos carga combustível disponível para arder, a intensidade das chamas é menor e, em geral, a sua progressão diminui (obviamente que as condições meteorológicas são sempre determinantes).
O artigo foi publicado originalmente em Produtores Florestais.