Por ocasião da Fruit Logistica, certame que decorreu de 6 a 8 de Fevereiro, em Berlim, na Alemanha, a Freshfel incentivou o sector a, «apesar da grande incerteza no ambiente de negócio hortofrutícola, continuar a estimular o consumo, para o benefício dos consumidores europeus». A Associação Europeia de Hortofrutícolas Frescos defende que as múltiplas incertezas actuais – incluindo o Brexit, o embargo da Rússia, o impacto crescente de cada vez mais eventos climáticos severos e outros desafios de acesso a mercados – «devem servir para estimular mais o sector a impulsionar os níveis de consumo na Europa, actualmente baixos».
Em comunicado, a Freshfel realça a imprevisibilidade e a complexidade que o sector enfrenta neste «período tumultuoso», a nível da produção, da comercialização e do consumo. Mas a entidade sublinha que «esperar que as condições voltem ao normal pode conduzir à perda de oportunidades».
Apesar da complexidade do ambiente económico, «o sector ainda precisa de estimular o consumo no mercado europeu», diz a associação, sublinhando que «os níveis de consumo diários permanecem abaixo do nível mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde, de 400 gramas de frutas e legumes por dia». Neste âmbito, a Freshfel participou, em 2018, na definição de um conjunto de recomendações para incentivar esse consumo e, este ano, deu início, em parceria com a Agência para a Investigação e Informação em Frutas e Legumes (Aprifel), a um programa de promoção, para aumentar o consumo de hortofrutícolas dos europeus da faixa etária dos 18-30 anos – «o segmento de consumidores que tem um dos mais baixos níveis de consumo».
O programa, financiado pela União Europeia, tem como países-alvo Alemanha, Bélgica, França, Itália e Polónia. Esta iniciativa vai durar três anos e é designada “FV for a healthy EU” (“Frutas e legumes para uma União Europeia saudável”).