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– 03-05-2008 |
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Fome: ONU denuncia especula��o em torno de alimentos e pede apoio � agricultura nos países pobresO relator da ONU para o Direito � Alimenta��o denunciou ontem a especula��o em torno dos produtos alimentares, que está na origem da crise alimentar em mais de 40 países, defendendo apoios � agricultura nos países pobres e dependentes do exterior. Numa entrevista publicada ontem pelo jornal franc�s "Le Monde", o relator das Na��es Unidas (ONU) para o Direito � Alimenta��o, Olivier De Schutter, considerou "injustific�vel" a inac��o da comunidade internacional, que durante anos ignorou os pedidos "de apoio � agricultura nos países em desenvolvimento". "não se fez nada contra a especula��o de matérias-primas", lamentou o respons�vel, considerando que a actual crise alimentar mundial "demonstra os limites da agricultura industrial". Olivier De Schutter Também criticou o Banco Mundial e o Fundo Monet�rio Internacional por terem incitado "os países mais endividados, em particular na �frica Subsariana, a desenvolverem cultivos para exportação e a importar os alimentos que consomem". "Esta liberaliza��o tornou-os vulner�veis � volatilidade dos pre�os", frisou. O relator da ONU considerou que a auto-regula��o do mercado "não � solu��o, mas sim o problema", tendo em conta que o mercado agr�cola não � um mercado el�stico, j� que a quantidade de terras cultiv�veis não se pode "ampliar ao infinito". Na entrevista, Olivier De Schutter pediu "uma altera��o das regras de propriedade intelectual" de "um pequeno n�mero de empresas", como Monsanto, Dow Chemicals e Mosaic, que controlam as patentes das sementes, pesticidas ou estrume e cujos lucros aumentam. Relativamente �s subven��es � agricultura nos países ricos, De Schutter qualificou o sistema como "uma vergonha". O respons�vel lembrou que os agricultores dos Estados-membros da Organiza��o de Coopera��o e Desenvolvimento Económico (OCDE) recebem 350 mil milhões de d�lares em ajudas por ano, enquanto que nos países em desenvolvimento as ajudas se limitam a 1.000 milhões. não obstante, o relator da ONU defendeu uma "supressão gradual" dessas subven��es, lembrando que se o processo fosse feito de forma s�bita, os países pobres, que compram alimentos aos ricos, teriam que pagar esses alimentos mais caros. Olivier De Schutter sublinhou que apesar de não defender uma moratéria aos biocombustiveis no sentido jur�dico, "h� que impor limites". "Os objectivos ambiciosos em matéria de produ��o de biocombustiveis fixados pelos Estados Unidos e pela Europa são irrespons�veis, argumentou, acrescentando que dedicar um quarto da colheita de milho para o produ��o de combust�veis com apoio público � "um esc�ndalo", pelo que prop�e que se congelem os investimentos nesse sector. De Schutter manifestou ainda desconfian�a sobre as promessas dos biocombustiveis de segunda gera��o em termos de efici�ncia: "H� que consumir menos energia, utilizar menos autom�veis e não criar ilus�es sobre a capacidade das novas tecnologias nos permitirem manter o nosso nível. de vida ocidental".
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