Os fiscais florestais do Parque Nacional do Limpopo, na província moçambicana de Gaza, anunciaram hoje a suspensão da greve em que reivindicavam o pagamento de subsídios e reajustes salariais até março, após negociações com autoridades governamentais.
Em declarações à Lusa, Henriques Chicanda, fiscal no parque, explicou que a classe entrou em negociações com a Administração Nacional das Áreas de Conservação, que prometeu resolver os problemas até março.
Segundo a mesma fonte, os fiscais mantiveram ainda reuniões com as autoridades locais que prometeram intervir, principalmente, nos processos referentes à assinatura de contratos de trabalho e enquadramentos salariais dos fiscais.
Os pontos de reivindicação dos fiscais incluem ainda o pagamento de subsídios fúnebres, de localização e risco, nomeações, o acesso a empréstimos bancários, a assistência médica, para além de melhor enquadramento na tabela salarial única (TSU), aprovada no país em 2022.
Henriques Chicanda referiu que até ao momento nenhum dos pontos de contestação, dos fiscais, foi resolvido, e afirmou que os fiscais têm recebido ameaças por parte da direção da instituição, devido aos protestos. “Estamos ainda na luta (…), nas últimas reuniões o coordenador do parque acabou nos ameaçando”, concluiu.