O Fórum Económico Mundial, com o apoio do governo dos Emirados Árabes Unidos, e mais de 20 empresas e parceiros de investigação (como a Bayer, a Danone, a Nestlé e a Pepsico) juntaram-se na criação do First Movers Coalition for Food. A iniciativa pretende utilizar o poder de aquisição combinado de produtos agrícolas produzidos de forma sustentável para acelerar a adoção de agricultura sustentável, inovações e financiamento para a transição.
“Através da First Movers Coalition for Food, as principais empresas globais enviarão sinais de procura para catalisar a aceleração e a adoção de métodos agrícolas ecológicos e inovações verdes. Esta parceria coletiva público-privada ajudará a reduzir o risco dos investimentos iniciais em sistemas de produção alimentar mais sustentáveis”, considera Børge Brende, presidente do Fórum Económico Mundial.
A First Movers Coalition for Food é composta por empresas multinacionais e regionais com poder de compra significativo, parceiros da cadeia de valor, organizações de agricultores e parceiros de investigação, juntamente com os governos para melhorar os sistemas alimentares existentes.
A nova iniciativa pretende promover a sustentabilidade através de uma aquisição combinada de matérias-primas hipocarbónicas no valor de 10 a 20 mil milhões de dólares provenientes dos membros da coligação. Os parceiros corporativos que atualmente participam da coligação são responsáveis por uma receita combinada de 2,1 biliões de dólares.
A partir de meados de dezembro de 2023, o Fórum Económico Mundial e as empresas e governos participantes trabalharão juntos para identificar os compromissos de abastecimento e os caminhos para apoiar e mobilizar o ecossistema para permitir essa transformação. Espera-se que a coligação publique os seus resultados iniciais do trabalho colaborativo no verão de 2024.
A ideia para a First Movers Coalition for Food surge do sucesso da Movers Coalition for Industry, lançada na COP26, que obteve um apoio de mais de 13 parceiros governamentais e 90 empresas com compromissos de compra de mais de 15 mil milhões de dólares.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.