A 4 de Abril, representantes da Federação Nacional de Regantes de Portugal (Fenareg) reuniram com o secretário de Estado da Energia, João Galamba, para solicitar a «implementação de medidas prioritárias de apoio à sustentabilidade energética do regadio, com vista a aumentar a produtividade económica da água». Em concreto, a Fenareg pediu o desagravamento dos custos de electricidade no regadio e apoios para a utilização de energias renováveis.
Segundo comunicado da Fenareg, «o Governo mostrou abertura para desencadear um conjunto de acções que respondam às necessidades dos regantes». José Núncio, presidente da Fenareg, afirmou, após a reunião, que «estamos optimistas quanto à possibilidade de os contratos sazonais de energia virem a ser implementados no sector do regadio, bem como a inclusão das restantes medidas no PNEC 2030, o Plano Nacional Integrado Energia e Clima».
As medidas solicitadas pela Fenareg são a «possibilidade de contratar duas potências eléctricas diferentes ao longo de 12 meses ou, em alternativa, pagar pela potência real registada e não pela teórica contratada», a «criação de um programa de apoio específico para substituição das fontes de energia convencionais por renováveis nas explorações de regadio» e o «reforço de acções de eficiência energética, com programa específico de apoio para o sector do regadio». A Federação indica estas medidas para «compensar o grave problema que se criou desde 2012, com o desaparecimento dos apoios à electricidade verde, fundamentais num sector de actividade sazonal como é o da agricultura de regadio, que exige uma potência energética alta em época estival – Abril a Setembro –, mas não durante o resto do ano».