A situação epidemiológica da febre aftosa (FA) no Norte de África agravou-se com o aumento do número de focos desta doença na Tunísia, Líbia e pela recente introdução do serotipo SAT-2 na Argélia.
Dadas as preparações para o período do Ramadão (10.03 a 8.04) no Norte de África associadas à intensificação da movimentação animal, incluindo a introdução ilegal de gado da região subsariana e ao facto das vacinas atualmente utilizadas em alguns destes países não incluírem uma componente SAT2, verifica-se um aumento do risco de disseminação da febre aftosa em áreas daqueles países que atualmente não parecem estar afetadas, bem como o consequente aumento do risco de introdução da FA na Europa.
Atendendo a este agravamento da situação epidemiológica da FA no mundo, a Direcção- Geral de Alimentação e Veterinária emitiu a nota informativa n.º 1/2024/FA que tem como objetivos sensibilizar todos os intervenientes para que reforcem as medidas preventivas de forma a evitar a introdução do vírus da FA em território nacional, bem como de relembrar que é obrigatória a notificação de qualquer suspeita ou ocorrência de febre aftosa em ruminantes domésticos e selvagens, bem como em suínos e javalis.
Folheto atualizado sobre afebre aftosa.
A febre aftosa é uma doença altamente contagiosa, que só afecta animais ungulados domésticos (bovinos, ovinos, caprinos e suínos) e selvagens, podendo ter graves consequências económicas, pois origina grandes perdas na produção e surge como principal entrave ao comércio internacional dos animais e seus produtos.
Encontra-se disponível no Portal da DGAV: Febre Aftosa – DGAV informação adicional sobre a febre aftosa.
O artigo foi publicado originalmente em ACOS.