Como estamos a experimentar as culturas de milho com plantas companheiras, este ano aproveitamos o rebrote natural das culturas de cobertura de inverno. Foi exatamente o que pretendíamos para tentar reduzir o impacto da monocultura de milho. No período de inverno introduzimos uma grande diversidade de espécies com diferentes famílias e gêneros. No tempo onde o milho costuma estar em monocultura o ano passado tínhamos tentado semear trevos na entrelinha mas sem nenhum sucesso.
Este ano mesmo sem termos querido este rebrote, o inverno perlongou-se e todas as plantas de cobertura tiveram tempo de fazer chegar as suas sementes até à maturação.
Colocava-se o problema do controlo destas agora chamadas infestantes, tínhamos a possíbilidade de observar o efeito do herbicida residual, que está preparado para quase todas as folhas largas. Mas as doses baixas que aplicamos, deixaram as plantas com capacidade de resistir e de sobreviver. Podíamos fazer as habituais correções com herbicidas pós emergente, que terminaria este problema. Foi aqui que decidimos aplicar uma dose muito baixa deste herbicida de correção, para não levar estas plantas até à morte, mas sim que pudessem se manter com baixo porte não fazendo concorrência demasiada ao nosso milho. Só que nalguns locais esta presença tornou-se dominante principalmente nas zonas que tivemos alguns ataques de scutigerela, este inseto de solo é muito agressivo e corta muitas da jovens raízes do milho.
Assim temos alguns locais que se criou um problema de competição não desejado. Vamos acompanhar e medir os impactos positivos e negativos para ver se esta prática pode ser usada mais tarde com maior controle de competição. Vemos também neste vídeo que a parte deste campo que está em srip-till puro sem gradagem não teve este problema do excesso de plantas companheiras.
O artigo foi publicado originalmente em Milho Amarelo.