António Bento Gonçalves, geógrafo na Universidade do Minho, considera que “há sempre alguma ligação” entre os incêndios de grandes dimensões, como o que afeta o Canadá, e as alterações climáticas. O também lembra que, porém, este tipo de incêndios florestais de grande dimensão e de grande intensidade sempre ocorreram, dando o exemplo da Sibéria e do Alasca, assim como os que afetaram recentemente a Califórnia e a Austrália.
“É evidente que há sempre uma componente que nos leva [crer], e os estudos apontam neste sentido, que estes incêndios de grandes dimensões podem ser mais frequentes com intensidades cada vez mais elevadas”, diz.
O especialista explica ainda que não é possível saber quando terminará o estado de sítio declarado em algumas cidades devido ao fumo dos incêndios no Canadá. “Depende da circulação geral atmosférica, dos ventos, da continuação ou não dos incêndios, da emissão ou não de todos estes fumos, de todos estes gases, vai depender das condições regionais”, diz.
Nova Iorque é uma das cidades mais afetadas e, de momento, “não é recomendável ter atividades ao ar livre”. Recomenda-se vivamente que usem máscara, que só saiam de casa em caso de extrema necessidade e que evitem tudo o que são atividades ao ar livre”, conclui