Saí da sala por momentos para ir ao escritório buscar alguma coisa e ouvi um estrondo. Quando voltei, o menino tinha o braço partido. E não era tudo. O burro perdeu uma orelha, a vaca partiu um corno e o um pastor partiu-se ao meio. Que se passou? O Luís tentou puxar a caixa das imagens que caiu da mesa até ao chão. À boa maneira portuguesa, quero dizer que podia ser pior: S José e Maria estão bem, e os outros também ficaram depois de os ter colado e portanto agora “todo mundo aqui tá bem” excepto o burro que ficou só com uma orelha porque não encontramos a outra, ficámos assim com um burro meio mouco no presépio, mas como fica do lado de trás nem se repara se eu não tivesse dito (mas eu não podia desperdiçar uma história destas, pois não? 😁).
Portanto, para mim, o Natal tem de ter presépio, por uma questão de fé e de história, porque no Natal celebramos o nascimento de Jesus. E um bom presépio deve ter musgo. Quando era pequeno íamos buscar o musgo à “bouça dos quartinhos”, que ficava no lugar da Areia e a mãe comprava imagens novas para o presépio na feira da “Bila”, todos os anos. Depois com as partilhas após o falecimento da avó Esperança a bouça vendeu-se, eu cresci, o presépio reduziu-se a arranjei um papel verde para substituir o musgo e simplificar. Voltei ao musgo já com o Pedro na bouça do avô Ribeiro e outras vezes na rua das Bouças Abertas. Este ano 🌧️ não dá para cortar erva nos lameiros (à hora que escrevo, só de barco) mas esteve bom para o musgo, até na parede norte do silo velho, onde fui buscar o musgo para o presépio deste ano, o primeiro que o Luís, apesar de tudo, ajudou a fazer. Não está perfeito, mas foi o melhor de sempre, pela primeira vez até tem um rio (falta a ponte, havemos de arranjar). E as vossas casas, também têm presépio? Podem partilhar aqui nos comentários.
P. S. – Ainda sobrou musgo no muro, dou a quem pedir. Boas festas